PF e MPF investigam fraude envolvendo diretores da FAMAR

Operação realizada hoje apreendeu vários documentos em 12 locais
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Diretores da FAMAR (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) estão entre os principais suspeitos da operação desencadeada hoje (08) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, para apurar crimes como fraudes em licitações, desvio de recursos públicos (peculato) e também formação de quadrilha.

A operação "Esculápio" cumpriu 12 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal em unidades da FAMEMA, clínicas e também residências de diretores. Foram apreendidas grandes quantidades de documentos, computadores e também teriam sido realizadas escutas telefônicas.

O balanço foi divulgado nesta tarde pelo delegado-chefe da PF em Marília, Fernando Battaus, e pelo Procurador da República, Jefferson Aparecido Dias. O trabalho também contou com a participação do Promotor Público Estadual, Oriel da Rocha Queiroz.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Mas, na coletiva ficou claro que as provas levantadas foram suficientes para que, no prazo de 15 dias a 30 dias, o MPF já ofereça as primeiras denúncias de crimes à justiça federal.

Coletiva nesta tarde dá os primeiros detalhes da operação.

INVESTIGAÇÕES -  O delegado da PF informou que as investigações da operação "Esculápio" (nome dado ao "deus" grego protetor da Medicina) começaram há cerca de seis meses, a partir das investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual (inquérito civil) sobre a criação da FAMAR, entidade privada que passou a administrar todo o complexo Famema (incluindo os hospitais das Clínicas e Materno Infantil).

Teriam sido constatadas fraudes e direcionamento de licitações. Entre elas, clínicas e laboratórios particulares que pertencem aos próprios diretores da Famar e que foram contratados em vez de equipar o complexo com esses serviços.

Os nomes desses diretores não foram divulgados, mas as áreas que teriam irregularidades são: oftalmologia, radioterapia, quimioterapia e até nefrologia, bem como próteses e orteses.

A FAMAR administra um orçamento anual de R$ 200 milhões, mas a PF e o MPF ainda não levantaram o valor do prejuízo que essas irregularidades provocaram. Outro detalhe apontado foi quanto ao pagamento de plantões médicos: há casos em que o valor mensal foi tão elevado que o profissional não teria nem tempo para dormir, além de outros que sequer executaram tais escalas nos hospitais.

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