Justiça revoga prisão de acusados na operação da Polícia Federal em Marília

Apenas dois envolvidos foram presos, um deles de Marília que já está na penitenciária. Veja detalhes da Operação Miragem.
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O Tribunal Regional Federal (TRF - 3ª região) revogou agora à noite os cinco mandados de prisão da "Operação Miragem" desencadeada pela Polícia Federal em Marília, Ribeirão Preto e São Paulo. A informação é do advogado Cristiano Mazeto, que representa alguns dos investigados.

Desembargadora Cecília Mello: prisões revogadas.

Segundo ele, seria a mesma desembargadora que havia decretado as prisões (Cecília Mello). Com a medida, os dois envolvidos presos terão que ser colocados em liberdade (um em Marília e outro em Ribeirão). A Polícia Federal preferiu não se manifestar sobre essa nova decisão.

A direção do grupo de comunicação Central Marília Notícias (CMN), não quis se manifestar sobre a lacração das duas rádios e demais acusações. Já a Prefeitura emitiu nota no final da tarde, negando envolvimento nesse caso.

A Polícia Federal cumpriu desde as primeiras horas da manhã 26 mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal (TRF - 3ª região), sendo 5 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em Marília, São Paulo e Ribeirão Preto na Operação Miragem, que combate crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, sonegação fiscal, atividade de telecomunicação clandestina e evasão de divisas.

Políticos também foram à coletiva da PF saber detalhes oficiais da operação.

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Os investigados são suspeitos de participar de uma associação criminosa que teria inclusive ligação com uma das empresas citadas na Operação Lava Jato. Aliás, um dos delegados que coordenou a operação Miragem em Marília, Luciano Menin, também faz parte das investigações da Lava Jato e foi da chefe da Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo. A pessoa que teve ligação com empresas investigadas na Lava Jato não foi presa.

BUSCAS CONTINUAM - Os agentes da Polícia Federal permaneciam com as buscas pelas outras três pessoas que deveriam ter sido presas hoje. Mas, com a nova decisão do TRF, todos deixam de ser oficialmente procurados. Durante todo o dia foram sondados nomes de pessoas que teriam sido presas. Mas, a PF informou que nomes e demais detalhes estão sendo mantidos em sigilo.

Funcionários da ANATEL lacram transmissores das duas emissoras de rádio.

MANTÉM SILÊNCIO - Além do cumprimento dos mandados de prisão e de busca (envolvendo cerca de 100 agentes federais), a operação também contou com a participação de técnicos da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) que vieram a Marília para lacrar os equipamentos e transmissores das duas emissoras do grupo CMN (Diário FM e Dirceu AM). O portal Visão Notícias.com procurou a direção do grupo, mas a informação transmitida é que ninguém irá se manifestar.

Em nota a PF esclareceu que a medida foi tomada "devido a irregularidades como a falta de concessão para exploração de serviços de radiodifusão, falsidade ideológica e uso de documentos falsos relacionados ao uso de interpostas pessoas no quadro societário, ocultando a real propriedade de pessoas com imunidade parlamentar, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro".

SEM LIGAÇÃO - Já a assessoria de imprensa da Prefeitura divulgou nota no final da tarde negando envolvimento de qualquer servidor na operação. Apesar disso, viaturas da PF foram vistas em frente ao Paço Municipal no mesmo momento em que eram cumpridos mandados de busca no grupo CMN.

"A Prefeitura foi procurada simplesmente para esclarecimento de que se haveriam possíveis pagamentos ao referido grupo. Todas as informações solicitadas foram prestadas pela Prefeitura, que reafirma publicamente não existir qualquer participação da mesma ou de qualquer servidor municipal com os fatos investigados", esclarece a nota.

Veja a entrevista concedida pelos delegados Luciano Menin e Rogério Santana Hisbek (chefe da Delegacia da PF em Marília):

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