A medalha de ouro olímpica, conquistada por Thiago Braz, não representa simplesmente um feito histórico para o atletismo brasileiro. Está coroando uma luta particular dele e de mais dois atletas olímpicos marilienses: eles superaram a falta de apoio dos empresários de Marília para se destacar nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Thiago após o salto que lhe garantiu a medalha de ouro.
O desabafo foi feito hoje (16) por familiares desses esportistas, em entrevista exclusiva ao portal Visão Notícias.com. Eles enalteceram todo apoio que receberam do ex-atleta Jadel Gregório na "escolinha" do estádio Pedro Sola e ressaltam que nunca pediram apoio ao poder público (como Prefeitura), até mesmo para que não haja nenhum envolvimento político.
Os três atletas marilienses que conquistaram índice olímpico vieram da "escolinha" de Jadel Gregório (atleta do salto triplo, considerado um dos maiores nomes do atletismo do Brasil.
Como centenas de outros, treinavam todos os dias no estádio Pedro Sola. Familiares (pediram anonimato) disseram que por inúmeras vezes bateram as portas das empresas marilienses em busca de patrocínio. Mas, nunca tiveram esse apoio.
Jadel Gregório: grande apoiador.
João Vitor de Oliveira (modalidade 110 metros com barreira), Thiago Braz da Silva e Augusto Dutra da Silva de Oliveira, (ambos no salto com vara) sempre tiveram que participar das competições tanto no país como internacionais bancando as próprias despesas. Só nas olimpíadas é que tiveram esse apoio financeiro.
"Agora que o Thiago conquistou a medalha de ouro com certeza receberá homenagens da cidade. Só esperamos que os empresários marilienses agora pensem em patrocinar as futuras gerações dos atletas da cidade. Se algum deles tivesse patrocinado o Thiago certamente estaria com o nome rodando o mundo todo", lembrou o entrevistado.
MAIS UMA DISPUTA - Depois do ouro de Thiago, hoje será a vez de João Vitor de Oliveira (conhecido carinhosamente como "João das Barreiras") disputar mais uma medalha para Marília. Às 20h40, será disputada a segunda semifinal dos 110 metros com barreiras. Se ficar entre os oito melhores tempos, estará na final que será disputada às 22h45.
João Vitor em foto com a família: luta por medalha.
Aliás, a sua classificação também foi destaque em todo o mundo. Garantiu sua vaga aproveitando a pista molhada, ele se atirou de propósito na chegada, em uma espécie de peixinho para ficar na frente dos adversários.
“Na verdade, não treino isso. É algo natural. Se sinto a necessidade fazer, eu faço. Sempre fiz isso e vou continuar fazendo. O que vale é o tronco cruzar a linha de chegada. Então, temos que nos projetar ao máximo. Ralei o joelho, tem que dar o sangue. Estamos nas Olimpíadas. É show, espetáculo”, disse João ao SporTV.
VÍDEO mostra o momento em que João Vitor chega ao Rio de Janeiro para representar Marília nos Jogos Olímpicos:
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