Ex-presidente da Emdurb afirma: não tenho “régua política”. Ele defende ética e profissionalismo

Marco Antonio Miguel explica porque não apoiou o deputado Camarinha e garante que agiu sempre como um profissional.
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"Sempre falei ao Vinícius que não tinha partido e não tinha a "régua política", apenas meu conhecimento jurídico e profissional e uma experiência como gestor na área da segurança pública por mais de 35 anos. Deixei muito claro a ele que ficasse sempre à vontade para me exonerar se estivesse prejudicando sua política de governo. E ele foi muito claro em dizer que precisava de mim pela minha coerência e firmeza de propósitos, mesmo diante das crises de seu governo, que não foi apenas em relação à greve dos servidores. Aliás, quem negocia não decide e quem decide não negocia."

Marco Antonio: ética também na política.

A afirmação foi feita há pouco pelo coronel da reserva Marco Antonio Alves Miguel, em exclusividade ao portal Visão Notícias.com ao comentar sobre a sua exoneração dos cargos de presidente da EMDURB (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília) e também do cargo de Controlador Geral do Município. As portarias foram publicadas hoje (22) no Diário Oficial Eletrônico do Município, a 40 dias do final do mandato do prefeito Vinicius Camarinha.

Na Emdurb quem assume a diretoria executiva é o engenheiro e ex-vereador Roberto Monteiro. Ele teria sido indicado pelo deputado estadual e pai de Vinicius, Abelardo Camarinha. O parlamentar esteve em rota de colisão política com o coronel Marco Antonio devido a divergências sobre a sua forma de atuação na época em que foi Secretário da Administração.

APOIO POLÍTICO - Na entrevista, feita através de uma rede social, o coronel Marco Antonio Alves Miguel comentou o motivo de não ter apoiado Abelardo Camarinha na campanha para deputado estadual.

"Nunca tive um só contato com o deputado Abelardo Camarinha e nem quis, uma vez o meu compromisso e lealdade apenas ao Vinícius que me convidou para compor sua esquipe de governo no primeiro escalão. Também, como é sabido, não apoiei o Abelardo na campanha a deputado porque tinha um compromisso moral com o então candidato coronel Camilo e o Vinícius sabia muito bem disso, até porque a votação de seu pai estaria garantida", afirmou Marco Antonio.

Apoio ao coronel Camilo: um dos motivos das divergências.

Agora, Marco Antonio pretende se dedicar exclusivamente às atividades acadêmicas, "agora com mais tempo para me dedicar às pesquisas científicas e publicações", afirmou. E deixou sua mensagem:

"Não há nada mais estratégico do que a manifestação da ética dentro das relações organizacionais! E o que devemos considerar nessa discussão é a análise do “quero + devo + posso”. Minha bandeira: firmar conceito de ética na política, embora com a resistência de muitos".

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