Juízes estaduais e federais, promotores, procuradores da República, além de Defensores Públicos, advogados e lideranças participaram nesta tarde de uma manifestação em frente ao Fórum de Marília nesta tarde (01). Eles protestaram contra a tentativa do Congresso Nacional de aprovar dispositivos que visam punir esses representantes do Judiciário e Ministério Público. Nos discursos, um alerta: isso pode representar a volta da ditadura.
Discursos alertaram para o risco do projeto ser aprovado.
A manifestação durou cerca de meia hora e, mesmo em curto espaço de tempo (para não prejudicar as audiências), houve tempo suficiente para que os juristas discursassem alertando para esse risco, ou seja, a manobra política que transformou totalmente o pacote anticorrupção que deveria justamente punir os maus políticos, mas --pelas emendas apresentadas--a proposta acabou se voltando contra quem fiscaliza (MP) e decide medidas de punição (Judiciário).
Reitor do Univem e promotor aposentado, Luiz Carlos Macedo Soares, também esteve presente.
O texto original do chamado pacote anticorrupção tinha 10 medidas e foi apresentado pelo Ministério Público Federal, mas os deputados aprovaram diversas modificações, rejeitando algumas propostas e incluindo outros temas polêmicos.
Em seguida, o projeto foi encaminhado ao Senado e por muito pouco não foi colocado em votação ontem mesmo. Só não ocorreu porque o requerimento de urgência urgentíssima para votação da matéria foi rejeitado pela maioria dos senadores.
Presente à manifestação, como promotor aposentado e reitor do UNIVEM, Luiz Carlos Macedo Soares, reitor do Univem afirmou que o país passa por um momento muito difícil. “Nunca a sociedade se uniu tanto como agora. O Ministério Público, Magistratura, polícia, a sociedade em só propósito, nos unir. Essa bandalheira não pode continuar".
Acompanhe as entrevistas do juiz Décio Divanir Mazeto e do promotor Rafael Abujamra:
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