O prefeito Daniel Alonso enfrenta nesta quinta-feira (19) sua primeira "prova de fogo" político ao enviar projeto à Câmara propondo a anulação do projeto de lei complementar que instituiu o Plano de Carreira para o servidor municipal. O assunto causa polêmica e há emenda inclusive propondo o adiamento por no máximo um ano. A sessão extraordinária da Câmara Municipal está marcada para começar às 9h e terá cinco projetos em votação.
O Plano de Carreira foi enviado à Câmara pelo ex-prefeito Vinícius Camarinha logo depois de conhecer o resultado das eleições municipais, quando não conseguiu a reeleição. Projeto foi aprovado em votação apertada. Mas, após tomar posse e analisar a situação econômica da Prefeitura, o prefeito Daniel Alonso convocou a imprensa e afirmou que na verdade se tratava de uma "armadilha" para o Município. "Não é um plano de carreira. É uma armadilha. É um plano de reclassificação de cargos e salários", afirmou Daniel.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marília (Sindmar), Mauro Cirino, chegou a propor, à Prefeitura, a suspensão da proposta por 180 dias. Durante esse período, a categoria irá discutir eventuais mudanças, levando-se em conta a crise econômica que o Município atravessa.
COMPARAÇÃO - O primeiro vice-presidente da Câmara, Marcos Rezende, afirmou nesta quarta (18) que o impacto do Plano de Carreira na Prefeitura será muito grande, chegando a R$ 4 milhões/mês de aumento na folha de pagamento (passaria de 21 para 25 milhões de reais por mês).
O vereador fez uma comparação inclusive com a maior fonte arrecadadora de impostos do Município: enquanto que neste ano o IPTU deve arrecadar entre 40 a 42 milhões, apenas o Plano de Carreira a Prefeitura vai gastar cerca de R$ 52 milhões. "É preciso elaborar um plano de carreira dentro da realidade do município", afirmou Rezende.
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