Funcionários da TV Marília fazem greve por salários atrasados. Proposta da emissora é recusada

Depois da CMN, fechada pela Justiça Federal, agora é a vez da TV Marília entrar em crise. Negociações ocorrem no Sindicato.
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Os funcionários da TV Marília entraram em greve nesta segunda-feira (6). O motivo é o atraso no pagamento dos salários que estaria ocorrendo desde outubro do ano passado, bem como do 13º salário. A direção da emissora informou nesta tarde que fez uma proposta de parcelamento que não teria sido aceita. Uma nova rodada de negociações ocorre nesta tarde, com a participação do sindicato da categoria.

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Esta é a segunda crise em um grupo de comunicação que esteve ligada à administração do ex-prefeito Vinícius Camarinha. O primeiro foi a CMN (Central Marília Notícias) que teve as duas emissoras de rádio e o jornal Diário fechados por determinação da Justiça Federal, durante a Operação Miragem que apura irregularidades como a falta de concessão para exploração de serviços de radiodifusão, falsidade ideológica e uso de documentos falsos relacionados ao uso de interpostas pessoas no quadro societário, ocultando a real propriedade de pessoas com imunidade parlamentar, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Crise na TV MARILIA - De acordo com funcionários, os salários estão atrasados desde outubro do ano passado (recebiam apenas uma pequena parte por mês) e também não receberam o décimo terceiro. Alguns deixaram a emissora diante dessa situação. Nesta segunda-feira, eles decidiram cruzar os braços, com apoio do sindicato da categoria.

Tony Filho: crise financeira na TV.

O diretor da TV, Tony Filho, conversou com o portal Visão Notícias via WhatsApp. Segundo ele "na sexta-feira fizemos proposta de boa parte dos atrasados, dez.13 e janeiro, parcelar o restante e não aceitaram.  Parte dos funcionários que pararam são da área de  operação. Os que colocam os programas ao vivo no ar. Os apresentadores não paralisaram, mas não podem trabalhar".

Acrescentou que "apesar disso, a TV continuará exibindo sua programação. Na sexta-feira pedimos a eles dar mais alguns dias, para buscarmos recursos, e normalizar. Isso depois de algumas reuniões com esse pessoal, explicando as dificuldades econômicas que todos atravessam hoje". Uma nova rodada de negociações está prevista para esta tarde, com a participação do Sindicato.

Tony Filho aponta a crise econômica para os salários atrasados. "A receita vinha sendo baixa em função da despesa, 90 dias atrás. Evitamos cortes necessários, para não desempregar, para se adequar ao momento", garantiu. Ele admitiu que o Fundo de Garantia (FGTS) dos funcionários está atrasado: "Esta atrasado, mas em fase de parcelamento", garantiu.

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