Paola Cristina Bulgarelli, 20 anos, que havia desaparecido ao sair para trabalhar, teve seu corpo descoberto por pescadores. Ele boiava, seminu, no ribeirão Baguaçu, manancial que abastece grande parte do município.
Paola morava no bairro Alvorada, próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Ela era funcionária de uma lanchonete e desapareceu na tarde da sexta-feira (5).
Familiares e o gerente do estabelecimento reconheceram a camiseta que ela vestia e o broche que havia nela como sendo da lanchonete.
O corpo foi encontrado por um aposentado de 46 anos, que entrou em uma chácara com frente para a rua Baguaçu para pescar no ribeirão, acompanhado de um vizinho. Eles viram algo estranho boiando e, ao se aproximarem, descobriram tratar-se de um corpo humano.
Havia um ferimento na parte de trás da cabeça. A mulher estava nua na parte de baixo do corpo e vestia uma camiseta, que segundo a polícia, é da lanchonete onde Paola trabalhava.
A polícia suspeita que a vítima tenha sido abusada sexualmente, pelo fato de estar apenas de camiseta. Porém, somente laudo do IML poderá confirmar. A polícia não deu informações a respeito de autoria do crime para não atrapalhar as investigações.
Um rapaz de 18 anos, preso neste domingo (14) na casa do pai dele, em Castilho, confessou à polícia ter estrangulado Paola Cristina Bulgarelli, 20, abusado sexualmente dela, acertado duas pauladas em sua cabeça e jogado o corpo no ribeirão Baguaçu, em Araçatuba. As roupas da moça foram colocadas em uma sacola e também abandonadas no manancial.
A Polícia Militar chegou até José Emerson de Barros Lins, o “Miojo”, após receber uma denúncia anônima, que indicava onde estaria o celular da garota. Um servente de 25 anos, que comprou o aparelho do acusado, foi abordado em sua casa, no bairro Alvorada, onde manteve o amigo escondido. Ele indicou o terreno onde o aparelho estava enterrado.
FUGA
Lins fugiu no sábado (13) para a casa do pai, em Castilho, quando soube que o corpo da moça havia sido encontrado, na sexta-feira (12), uma semana depois de ela ter desaparecido e o caso ter grande repercussão em Araçatuba.
Ao ser abordado pela PM neste domingo, ele resistiu à prisão, mas acabou rendido e levado para a delegacia do município, onde foi interrogado pelo delegado Paulo Natal, de Araçatuba, responsável pelas investigações.
Segundo Natal, Lins era apaixonado por Paola. Quando a encontrou em uma ponte sobre o ribeirão Baguaçu, no momento em que ela ia para o trabalho, em uma lanchonete fast-food na avenida Brasília, a convenceu a entrar em um matagal, alegando que a levaria para ver uma sucuri que teriam matado próximo ao córrego.
Quando Paola viu que era mentira, tentou ir embora, mas o rapaz a estrangulou e a estuprou. Depois disso, a matou com duas pauladas na cabeça. Como não sabia o que fazer com o corpo, ficou ao lado dela por cerca de meia hora até decidir jogá-la no ribeirão, junto com a sacola de roupas.
"ESTAVA BÊBADO"
Em entrevista ao site Paparazzi News, Lins afirmou que estava bêbado ao cometer o crime. O acusado não estaria armado. "Eu estuprei, não vou mentir não...", declarou.
PRISÃO PREVENTIVA
Depois de interrogado em Castilho por Natal, o acusado seria levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Andradina e depois à cadeia de Penápolis. Lins não virá para Araçatuba por questões de segurança.
No início da noite, o juiz Emerson Sumariva Júnior, de Araçatuba, decretou a prisão temporária do rapaz por 30 dias. Na Central de Flagrantes de Araçatuba, várias pessoas permaneceram por horas na rua, esperando pelo acusado.
ERA CONHECIDO
Mariah Bulgarelli, a irmã gêmea de Paola, afirmou à Folha da Região que ficou chocada ao descobrir quem matou sua irmã. "Ele (Lins) conversava com a gente, passava em frente de casa e cumprimentava", afirmou. "O namorado da minha irmã deu um prato de comida para ele, deu água, colocou ele dent
O corpo foi sepultado na manhã do sábado (13) no cemitério Recanto de Paz, no Jardim Rosele.
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