Morte de Marcelo Rezende levanta debate sobre terapia alternativa

Caso ganhou repercussão nacional sobre os riscos de trocar a quimioterapia por outras opções. Jornalista foi sepultado ontem.
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Diagnosticado no início de maio com um câncer de pâncreas em estado avançado (com a metástase atingindo o fígado), o jornalista e apresentador de TV Marcelo Rezende, de 65 anos, logo iniciou o procedimento recomendado para esse caso: o agressivo tratamento com medicamentos quimioterápicos. O corpo de Marcelo rezende foi sepultado no final da tarde deste domingo (17), no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, em cerimônia restrita à família.

Novo tratamentou durou apenas pouco mais de três meses

Em 13 de junho, porém, Rezende anunciou que abandonara a quimioterapia após a primeira sessão, contrariando seus médicos, para tentar um tratamento alternativo com base em uma dieta, exercícios, suplementos, vitaminas, massagens, ervas, acupuntura e meditação. O caso ganhou repercussão nacional.

Embora afirmem que as terapias alternativas possam mesmo ajudar o paciente a enfrentar os severos efeitos colaterais da quimioterapia, os estudos e os especialistas são unânimes: esses métodos podem ser usados de modo complementar, mas não têm eficácia comprovada contra o câncer e são incapazes de substituir o tratamento convencional.

No caso de Rezende, a terapia alternativa escolhida foi a chamada dieta cetogênica, que se baseia em evitar açúcar e carboidratos. Desde que deixara a quimioterapia, o apresentador passou a realizar viagens para receber o tratamento alternativo em Juiz de Fora (MG), onde atua o cardiologista, nutrólogo e autor de livros de autoajuda Lair Ribeiro, um dos principais defensores da dieta cetogênica.

O conceito por trás da dieta cetogênica é bastante simples: as células cancerosas precisam de glicose para crescer e, ao evitar o consumo de carboidratos e açúcares, o paciente cortaria a alimentação do tumor, fazendo-o regredir por inanição.

 

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