Quem vai pagar a conta? Comerciantes de Marília protestam contra fase vermelha

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Para eles, os restaurantes e bares não são os responsáveis pelo aumento do número de casos. Alertam para demissões em massa e fechamentos de empresas.

A pergunta é simples: o risco de contrair a Covid-19 é maior ao frequentar restaurantes ou bares, que tomam todas as medidas de segurança ou ir às festas clandestinas em chácaras ou mesmo grandes aglomerações dentro de casa?

É com este argumento que os proprietários de restaurantes, bares e demais estabelecimentos do setor iniciaram um protesto em Marília contra a permanência da região na fase vermelha do Plano SP que regulamenta o que pode funcionar e o que permanece fechado durante o período de pandemia.

Setor pode quebrar

"A Prefeitura precisa fazer algo para flexibilizar junto ao Estado porque será uma quebradeira geral. A onda de demissões já começou", afirmou o empresário Roberto Leite (foto), dono do restaurante Cupim, um dos mais tradicionais de Marília.

Como ele, vários outros todos de estabelecimentos decidiram sair do anonimato e iniciar protestos públicos

"Não está fácil não. Fechou o fim de semana do Natal, fechou o fim de semana do ano novo. Estão mandando fechar uma semana, depois outra... Sem a ajuda do governo federal e o Doria mandando fechar tudo, vai ser difícil", acrescentou Roberto, em tom de desabafo.

Sem perspectivas

Protesto silencioso dos donos de restaurantes nesta semana em Marília.

Durante a semana, os empresários ficaram muito preocupados porque tiveram de voltar aos sistemas delivery e drive thru, pelo fato da região ser a única do Estado na fase vermelha. Mas, tinham a esperança de voltar ao atendimento, com menos restrições, a partir da próxima segunda-feira.

Mas, além de permanecer nessa fase, o governador João Doria colocou outras regiões na mesma restrição e, em seu discurso, não deu muitas perspectivas de melhoras ao afirmar que o Estado enfrenta a segunda pior onda de casos do novo coronavírus.

Quem vai pagar a conta?

Muitos donos de restaurantes resolveram colocar frases nos vidros com a pergunta: "quem vai pagar a conta?".

É que, segundo eles, sem o atendimento presencial fica impossível cobrir todas as despesas. É a opinião do casal Valnice e Everton Micheletti (foto), proprietários da pizzaria Sal Doce. Eles colocaram essa frase nos vidros do estabelecimento para chamar a atenção da população.

Valnice explica que só o sistema de entrega não cobre os custos. Ela cita o fato de ter que pagar aluguel e também o salário de muitos funcionários que são registrados. "Como estamos fechados, eles têm que ficar em casa", lembrou. 

Nesta semana, ela fez um protesto pelas redes sociais alertando para toda essa situação. Acompanhe como foi clicando AQUI.

 

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