Acusado confirma o motivo, mas insiste que atirou por "legítima defesa". Investigações sobre o caso prosseguem.
O delegado Seccional de Marília, Wilson Frazão, concedeu entrevista há pouco e confirmou que o homicídio envolvendo o coronel aposentado da PM, Dhaubian Braga Brauioto Barbosa, de 57 anos, foi mesmo um "crime passional". Isso porque havia um relacionamento amoroso entre a vítima e a esposa do acusado. "Ele confirmou que foi passional, mas alega que atirou por legítima defesa", observou o delegado.
Com a prisão temporária de 30 dias, o coronel passou a noite no Batalhão da Polícia Militar, em Marília, e provavelmente ainda hoje será transferido para o Presídio Romão Gomes, destinado à militares que cometem algum tipo de delito criminal.
Pelo que foi apurado até agora, a vítima, Daniel Ricardo da Silva, de 37 anos, trabalhava como ajudante no motel pertencente ao coronel (já trabalhava na época em que ainda estava no regime semi-aberto da penitencária e, depois de obter a liberdade, foi contratado) e também morava no local.
Dhaubian descobriu o relacionamento dele com sua esposa (é cabo da PM) e, resolveu tirar satisfação. O coronel alega que houve uma discussão e Daniel fez "menção de sacar uma arma" e por isso atirou.
Todavia, exames necroscópios mostram que a vítima levou dois tiros pelas costas e outro de raspão, morrendo no local, após tentar correr.
Em depoimento na DIG, a esposa também confirmou que tinha mesmo esse relacionamento amoroso com a vítima.
Cena do crime
O delegado Seccional diz ter "fortes indícios" de que a cena do crime foi alterada. Mesmo porque as imagens mostram que os tiros foram disparados por volta das 6h e a PM só foi acionada às 8h. Além disso, o celular da vítima teria sido retirado e depois devolvido por um dos filhos do acusado.
O coronel também afirma que a arma usada no crime teria sido deixada no local antes de fugir. Ela ainda não foi localizada. As investigações sobre o assassinato prosseguem.
Com relação as armas apreendidas na casa do coronel (um verdadeiro arsenal) o delegado informou que está sendo apurado para saber se todas tinham registro. A informação é de que, além de ser ex-militar também era colecionador e tinha vários registros.
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