A Polícia Civil indiciou uma mulher trans e um homem por suspeita de queimarem e matarem um amigo que estava fazendo transição de gênero para ter um corpo feminino. O crime ocorreu em 2021 em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo e só foi descoberto recentemente.
De acordo com a investigação, Maryana Elisa Rimes Paulo e Ronaldo Bertolini participaram do assassinato de Marcelo do Lago Limeira, que também queria se tornar uma mulher trans. Ainda segundo os policiais, a dupla assumiu a identidade da vítima e movimentou mais de R$ 1 milhão dela. Marcelo tinha vários imóveis alugados em seu nome e ainda recebia ajuda financeira de uma tia.
Investigação
Segundo a polícia, Maryana conheceu Marcelo em festas e se incomodou com o fato de ele ter iniciado o processo de transição para se tornar uma mulher trans. De acordo com a investigação, a maquiadora não queria que o amigo ficasse mais bonita do que ela.
Marcelo fez a primeira cirurgia no rosto, para deixá-lo mais feminino. Depois do procedimento, testemunhas contaram que o viram entrando na casa com o rosto coberto. Em seguida, Maryana passou a morar com o amigo no imóvel dele, como se estivesse cuidando de Marcelo.
Mas segundo a polícia, Maryana matou o amigo dentro da casa com doses excessivas de remédios e colocou em prática o plano de assumir a identidade e os bens dele.
De acordo com a polícia, ela chamou o amigo Ronaldo Bertolini para ajudar a se livrar do corpo. Os dois alugaram uma chácara em Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, e queimaram o corpo de Marcelo.
De volta ao ABC, Maryana assumiu o lugar de Marcelo, enganando funcionários do cartório.
A Polícia Civil apurou que Maryana passou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo, a mesada que a tia dava a ele todo mês. Ela alugou a casa onde Marcelo morava e vendeu o carro dele com uma procuração falsa.
Fim da farsa
A farsa só começou a ser descoberta em abril deste ano, quando Maryana tentou movimentar dinheiro da vítima e apresentou a mesma procuração no banco. A gerente, que conhecia Marcelo, suspeitou de algo errado e avisou a polícia.
“A Mariana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria”, declarou o delegado Cristiano Sacrini.
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