Portadora de cardiopatia congênita, a menina Yanomami. Liane Waiapi, de 1 ano e 4 meses, moradora na aldeia de Pedra Branca do Amapari, localizada no Amapá, viajou cerca de 2,5 mil quilômetros para passar por uma cirurgia cardíaca no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto.
O pai da menina, Jakyri Waiapi, conta que procurou atendimento médico onde vive e chegou a ir para a capital em busca de tratamento, mas não conseguiu.
“Em nossa aldeia tem um posto de saúde com enfermeiros que nos atendem. Foi onde descobrimos o problema no coração da minha filha. Levamos minha filha para Macapá. Ela foi intubada, ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e continuou o tratamento. Depois conseguimos vir para Rio Preto fazer a cirurgia”, afirma o pai.
Referência em todo país
O Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto é referência em cirurgias cardíacas. Somente no ano passado foram realizados 504 procedimentos.
Para Ulisses Alexandre Croti, cirurgião cardiovascular pediátrico, a alta da pequena Liane faz parte de uma parcela importante de pacientes atendidos de todos os estados do Brasil.
“Atualmente, 30% de todos os nossos procedimentos são em crianças vindas de todos os estados do Brasil. No país, precisaríamos realizar 24 mil procedimentos ao ano, mas somente 9 mil são feitos. Por isso, vamos ampliar cada vez mais nosso serviço para que possamos fazer mais do que os 400 procedimentos anuais que já fazemos”, diz.
(com informação G1)
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