Abuso infantil: quais os sinais e o que fazer?

Apesar de dolorosa a situação, crianças podem superar o trauma e ter uma vida feliz.
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Os números são assustadores. E as crianças nem sabem o que está acontecendo. Normalmente são parentes e amigos próximos que realizam o abuso sexual, pessoas de confiança que já conquistaram todos os familiares e que ninguém desconfiaria.

Há muitas coisas que os pais podem fazer a fim de perceber, conversar e denunciar da forma correta. A maior parte das famílias não imagina que algo assim possa acontecer com seus filhos, mas é preciso estar atento às mudanças comportamentais e sociais das crianças e, sutilmente, descobrir o que de fato está ocorrendo.

As mudanças de comportamento mais comuns incluem:

  • * Submissão exagerada da criança  * Agressividade social e antissociabilidade

  • * Regressões (como urinar na cama à noite) * Brincadeiras sexuais constantes, exageradas e inadequadas

  • * Permanecer mais tempo fora de casa a fim de evitar o contato familiar
  • * Dificuldade em formar pares ou manter amizades duradouras

  • * Afastamento das atividades escolares e falta de concentração nos estudos

  • * Falta de confiança nas pessoas  * Fugir de casa  * Comportamento sedutor na presença de adultos do sexo oposto

  • * Alterações do sono (a criança tem medo ou não quer ir dormir)

  • * Depressão, Ideias suicidas, Automutilação e Sentimento de culpa com relação a tudo.

  • Essas alterações também podem ocorrer em outras situações como bullying ou outros abusos emocionais, portanto, o melhor é averiguar com a criança e entender o que está acontecendo. Na maioria das vezes ela não vai contar aos pais ou até mesmo a um profissional justamente por não saber do que se trata, especialmente quando o abusador ameaça ou expressa amor muito grande, inclusive subornando com presentes.

Normalmente eles só entendem o estrago e o que aconteceu quando são maiores. É difícil para os responsáveis ouvir isso de um filho e tomar a atitude correta. Agressões e humilhações ao adulto que abusou não resolvem e podem até agravar o problema. Ele deve ser denunciado para que não cometa tal perversidade com outras vítimas.

Para conversar sobre este assunto com a criança ou adolescente é preciso muito tato. Perguntas em demasia podem criar falsas lembranças, além de a cada vez que ela lembra, haver sofrimento. A criança precisa entender que a culpa não é dela e conseguir perceber isso pela reação dos pais. Ela precisa saber que conta com o apoio deles e que não é sua culpa, que foi coagida a agir assim, prejudicando seu desenvolvimento.

As crianças podem ter atitudes diferentes umas das outras. Enquanto umas não conseguem lidar bem com os fatos, outras até sabem como escapar das investidas de adultos abusadores. O silêncio é comum nas famílias, ninguém aborda o assunto por ser um grande tabu.

Pais que ignoram ou culpam a criança estarão mais uma vez violando seus direitos pela comodidade de não mudar a situação familiar ou por não proteger outras que poderão sofrer abusos semelhantes.

Por outro lado, os responsáveis não devem se culpar por não terem conseguido proteger a criança desta crueldade. Eles também acabam se tornando vítimas de pessoas que se mostram confiáveis, mas que possuem problemas emocionais e falta de empatia.

Crianças e adolescentes são capazes de superar os pensamentos ruins e ter uma vida adulta normal. O apoio de familiares e amigos é muito importante para o alívio das dores causadas pelo abuso. Como um livro, a história da criança pode ser mudada e ter um final feliz.*

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