Acusado de matar e enterrar mulher fica preso

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Tribunal de Justiça nega o habeas corpus ao homem que matou e escondeu corpo por mais de 20 dias.

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido de liberdade provisória impetrado pela defesa do administrador de fazenda Cícero Vicente Neri Filho (47 anos), acusado de tirar a vida de sua própria esposa, a dona de casa Laura Miguelina Durães, de 39 anos, que teve o corpo localizado nas margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), entre Marília e o Distrito de Padre Nóbrega.

 

O advogado Pedro Paulo Arantes Gonçales Galhardo impetrou um habeas corpus, com pedido de liminar, objetivando a revogação da prisão preventiva de seu cliente, o administrador de fazenda Cícero Vicente Neri Filho. A alegação da defesa foi de que o réu é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, inclusive, não teria praticado o crime do qual é acusado.

 

O defensor utilizou álibi que comprovaria sua inocência, além de atacar os resultados de exames periciais. Diante dos fatos apresentados, Neri Filho estaria sofrendo constrangimento ilegal, por parte do juiz da 1a Vara Criminal de Marília, Angel Tomas Castroviejo.

 

O desembargador Otávio Almeida Toledo, relator do processo em 2a instância, indeferiu a liminar, alegando não ser possível, desde o início, nesta fase de cognição altamente restrita, a antecipação da tutela pleiteada, a não ser que o alegado constrangimento ilegal se afigurasse flagrante.

 

O corpo foi abandonado às margens da SP-294

 

"Com efeito, para constatar se realmente estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva, faz-se necessário um exame mais acurado dos autos, incompatível com a presente fase processual, de cognição sumária. Seus bons antecedentes, endereço fixo e trabalho lícito não garantem o direito de responder ao processo e liberdade, já que, ao menos à primeira vista, a decisão que decretou a prisão preventiva não se apresenta ilegalmente infundada ou equivocada", afirmou o desembargador.

 

CRIME – A morte de Laura Miguelina Durães ocorreu no dia 17 de fevereiro deste ano, na fazenda Santa Ernestina, que faz divisa com o município de Júlio Mesquita. Cícero Vicente Neri Filho registrou um boletim de ocorrência e na tarde do dia 11 de março, o corpo da vítima foi localizado, abandonado nas margens da SP-294, dentro de um saco, com um pouco de terra em seu interior.

 

A Polícia Civil apurou uma discrepância nas afirmações do marido da vítima, que se empenhou muito em divulgar o desaparecimento, quando na verdade, mantinha um caso com uma adolescente e que não se preocupava em esconder isso de ninguém.

 

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Aéliton Roberto de Souza, o acusado tentou por mais de uma vez intimidar testemunhas, sugerindo aquilo que deveriam contar quando fossem ouvidos pela Polícia Civil, culminando com sua prisão temporária.

 

Integrantes do grupo Anjos da Guarda localizaram o corpo da mulher

 

"Outro fator importantíssimo foi o trabalho de inteligência policial, que comprovou ter sido Cícero quem realizou a ligação do telefone público da cidade de Garça para o Grupo Anjos da Guarda, informando a localização do corpo. Não há dúvida de que Cícero tenha matado Laura na fazenda, após a saída dos filhos para a escola e ali mesmo a enterrou. Com a pressão da investigação, com receio da localização do corpo, desenterrou e o transportou até as margens da rodovia", disse o delegado.
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