Adolescentes estão procurando mais os serviços de saúde. Foi o que constatou a mais nova edição da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense 2015). O levantamento do Ministério da Saúde, em parceria com o IBGE e o Ministério da Educação, mostra que 55,3% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental recorreram a algum profissional ou unidade de saúde do País no ano passado. O número é 14,8% maior do que o registrado na pesquisa de 2012 (48,2%).
Entre os serviços de saúde mais procurados por eles, 45,1% afirmaram ter ido a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e 22,8% procuraram atendimento em consultórios médicos ou clínicas particulares. Quando perguntados sobre o estado de saúde, 73% dos estudantes têm uma avaliação positiva da própria saúde.
HPV - A vacina contra o Papilomavírus Humanos (HPV), incluída em 2014 no calendário básico de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), também foi tema de perguntas na pesquisa. Do total, 88% afirmaram conhecer a campanha de vacinação contra o HPV.
Já o recebimento da vacina foi referido por pouco mais de 74,2% de escolares brasileiros do sexo feminino. Essa estratégia de vacinação prioriza reduzir casos e mortes ocasionados pelo câncer de colo do útero, terceiro tipo mais frequente na população feminina e quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Atividade física
A Pense 2015 apontou um aumento na prática de atividade física. Em 2015, 34,4% dos escolares do 9º ano do ensino fundamental se classificavam como ativos, ou seja, praticaram pelo menos 300 minutos semanais ou mais de atividade física. Em 2012, o número era de 30,1%.
Apesar de praticarem menos atividade física, os estudantes estão gastando menos tempo com TV. Em 2015, 60% passavam mais de duas horas na frente da TV. Em 2012, eram 78%.
Saúde sexual - Os jovens brasileiros estão recebendo mais informações em relação às formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada. O estudo mostra que 87,8% dos adolescentes receberam orientação sobre DST e Aids e 79,2% informações de como evitar gravidez.
Mais da metade (68,4%) dos entrevistados também sabia que era possível adquirir preservativos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo ainda mostra que 27,5% dos jovens já iniciaram a vida sexual. O uso do preservativo na última relação sexual esteve presente em 66,2% dos casos.
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