Duas advogadas de Assis estão entre as pessoas acusadas de envolvimento em uma organização criminosa durante a segunda fase da operação fausus desencadeada pela Polícia Civil. O objetivo dos criminosos é desviar cargas de grãos de alto valor, mediante falsas contratações de frete e posteriores falsificações de boletins de ocorrência.

A operação foi desencadeada na manhã desta terça-feira pela Delegacia Seccional de Presidente Prudente e Unidade de Inteligência Policial/D8 que estão cumprindo 35 mandados de busca e apreensão criminal e 13 mandados de prisão preventivas nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Só em Assis, as equipes estão cumprindo oito mandados de busca e apreensão criminal e outros dois de prisão.

Entre os investigados estão as duas advogadas que são acusadas de atuar no grupo criminoso e agora passam a ser rés nos crimes de lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa.

A primeira fase da operação falsus, desencadeada no dia 05/03/2024, resultou na condenação de seis pessoas em primeira instância a penas de quatro anos e seis meses a sete anos e dois meses pelos crimes de furto qualificado pela fraude e por integrarem organização criminosa.
 
Como a quadrilha agia
 
O grupo criminoso, após identificar uma carga de interesse numa plataforma online de frete, cadastrava motoristas e caminhões da própria organização. Com a carga de grãos em sua posse, simulavam que os veículos e as cargas haviam sidos roubados nas estradas paulistas, apresentando às empresas vítimas falsos boletins de ocorrência.

Com isso, conseguiam desviar as mercadorias que eram desviadas para diversas empresas receptadoras. O prejuízo chega a R$ 10 milhões.

Foram identificados desvios de cargas de alto valor nos municípios de  Iepê, Nantes, Assis, Cruzália, Araras, Cândido Mota, Santo André, Borborema.  Itapetininga, Campinas, Maracaí, Guaíra, Santopolis do Aguapeí, São Paulo, Jataí/GO, além de inúmeros outros desvios nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná.