O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu o benefício da prisão domiciliar para a cabeleireira Debora Rodrigues dos Santos, presa após a os atos do dia 8 de janeiro, em Brasília. Ela ganhou notoriedade por pichar com um batom a estátua da Justiça em frente a sede da corte com os dizeres “perdeu, mané”.
Em 21 de março, Moraes, relator do caso, votou para condená-la a 14 anos de prisão e ao pagamento de multa no valor aproximado de R$ 50 mil, além de uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos (em conjunto com os demais condenados pelo caso). Todavia, ele decidiu reavaliar a situação de Débora após o colega Luiz Fux pedir vistas no julgamento.
Além da prisão domiciliar, Moraes impôs outras medidas cautelares a Debora, como a proibição de usar as redes sociais, receber visitas exceto de advogados e parentes próximos, manter contato com outros envolvidos no 8 de janeiro ou conceder entrevistas sem autorização prévia da Justiça.
Ela é casada e mãe de dois filhos, um de 11 anos e outro de 8 anos. Concluiu um curso para atuar como cabeleireira em 2008, e é com isso que trabalhava desde então.
O caso ganhou repercussão nesta semana após críticas da oposição a uma pena que consideram “exagerada”. Os outros ministros da Primeira Turma do Supremo ainda precisam se manifestar sobre se concordam ou não com a condenação.
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