Alzheimer pode ser transmissível em cirurgias?

Descoberta lança hipótese de uma forma de transmissão pela doença
Compartilhe:

Lesões cerebrais chamadas angiopatia amiloide cerebral (depósito de proteínas amiloides nos vasos, ndlr) que sinalizam geralmente a doença de Alzheimer, foram encontradas de forma surpreendente na necropsia de pessoas mortas relativamente jovens (entre 36 e 51 anos) pela doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).

As vítimas da DCJ não chegaram a apresentar em vida qualquer sintoma da doença Alzheimer e também não mostravam na necropsia outro grande sinal de Alzheimer, a acumulação da proteína Tau.

O estudo, conduzido por um grupo de pesquisadores britânicos, «sugere que o peptídeo beta-amiloide (que se acumula no cérebro das pessoas afectadas por Alzheimer, ndlr) pode ser potencialmente transmitido por meio de certos procedimentos médicos», informou a Nature em comunicado.

OUTRO LADO - "Esta descoberta foi feita num pequeno número de pacientes e merece mais investigação", avaliou Eric Karran, especialista da fundação britânica Alzheimer's Research.

"Os principais factores de risco para a doença de Alzheimer são a idade, ao lado da carga genética e do modo de vida. Caso seja confirmada a relação entre uma contaminação antiga por tecidos e a doença de Alzheimer, isso só atingiria uma pequena proporção das pessoas contaminadas", explicou.

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288

Desenvolvido por StrikeOn.