Dados apontam queda de 18% no desmatamento em relação a 2013
Dados divulgados pelo governo nesta quarta-feira mostram que o desmatamento na Amazônia Legal diminuiu em 18% no período entre agosto de 2013 e julho de 2014.
A taxa, estimada pelo Projeto Monitoramento da Floresta Amazônia por satélite (Prodes) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi de 4.848 km² desmatados.
Em 2013, o índice havia aumentado 28,8%, em relação ao ano anterior, com 5.891 km².
A área devastada entre no último período é a segunda menor já registrada pelo levantamento, que começou em 2004. O menor índice ocorreu em 2012, quando foram identificados 4.571 km². A taxa só será consolidada no próximo semestre, mas o Inpe garante que a variação deve ficar em até 3%.
Em outubro, o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) havia apontado uma alta de 9% nos alertas de desmatamento na Amazônia. O Deter registra, em tempo real, as áreas possivelmente desmatadas ou degradadas, mas precisa do Ibama para averiguar a situação. No mesmo mês, a ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém, havia divulgado uma alta de 191% no desflorestamento em agosto e setembro de 2014, em relação ao bimestre de 2013.
Entre os nove estados analisados, Roraima e Acre, foram os únicos a apresentar aumento nas taxas de desmatamento, 37% e 41%, respectivamente. Em números absolutos, o estado com a menor quantidade de áreas degradadas foi Tocantins, com 48 km². O pior foi o Pará, com 1.829 km²³.
O Deter não identifica, porém, se havia permissão para desmatar as áreas. Assim, será preciso cruzar dados com os governos estaduais para concluir se o desmatamento foi legal ou não.
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