Um ano atrás, a psicóloga catarinense Bárbara Alice Lohmann vivia a expectativa pelo nascimento de seu primeiro filho. Não foi uma gravidez fácil. Diagnosticada com toxoplasmose, enfrentou a falta de um medicamento para impedir a transmissão e encarou meses de repouso e ingestão de remédios alternativos. Gael nasceu bem, mas Bárbara se viu com mais de 100 kg nos meses seguintes.
"Durante a gravidez, precisei tomar um remédio para fortalecer o pulmão do Gael, pois havia o risco de ele nascer antes do tempo", conta Bárbara, de 27 anos e moradora de São José do Cedro, Santa Catarina.
Além disso, ela precisou ficar de repouso por quase dois meses. "Não podia nem pegar numa vassoura, ficava sozinha em casa vendo televisão e comendo. Descontei boa parte do meu estresse na comida", reconhece. Sem contar o inchaço. "Tive que ir ao bombeiro para cortar minha aliança", lembra a psicóloga.
Foi somente depois que Gael completou seis meses que Bárbara começou a perder peso, ao voltar para a academia. "Não voltei antes para não correr o risco de ficar sem leite", diz ela, que amamenta o filho até hoje. "Vivo para ele". Ela conta que a rotina de exercícios aeróbicos e de musculação, que tenta manter diariamente, tem ajudado na perda de peso. "Não me pesei mais porque sei que ganhei massa magra, e isso pesa. Mas noto nas minhas roupas", diz ela, que continua a comer de tudo, mas com moderação.
Da última vez que encarou a balança, estava com 82 kg - ela calcula ter perdido mais de 20 quilos em seis meses. "Quero chegar aos 70 kg", diz Bárbara, que tem 1,72 kg de altura. Segundo Bárbara, porém, seu grande incentivador é o marido, Cesar Gallina, de 23 anos. Ele já fez trabalhos internacionais como modelo, mas deixou a carreira de lado para ficar perto da mulher e do filho. "Nunca me menosprezou por estar gordinha." Cesar confirma: "Sempre a incentivei."
"Ele sempre me motivou e me deu força mesmo nos dias em que eu tinha desânimo comigo mesma", conta a psicóloga, que se viu desempregada quando o bebê estava com três meses. Hoje os dois mantêm a família com um delivery de comida japonesa.
Aos poucos, Bárbara diz que a perda de peso tem elevado sua auto-estima. A aliança quebrada pelos bombeiros, ela ainda não recuperou. "Não conseguimos comprar ainda. Queremos uma de ouro, agora", diz Bárbara. "Ainda não cheguei no meu objetivo, mas também não tenho pressa. Hoje não me cobro tanto, não me culpo tanto, não crio grandes expectativas, apenas vou levando um dia após o outro, com muita paciência, cuidando de mim para poder cuidar dos que amo", resume.
Bárbara diz que faria tudo de novo pelo filho. "Eu faria tudo de novo, tomaria todas as medicações, injeções e faria muito mais se fosse preciso. Nada paga ver meu filho tão saudável".
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