Rapaz disse que dinheiro para casamento teria sido roubado
Um rapaz que não teve a identidade revelada está tendo que dar explicações para a polícia e até para a noiva: ele sumiu com o dinheiro do casamento ou foi mesmo vítima de assalto?
O caso curioso foi registrado na Delegacia de Garça. A vítima do suposto assalto contou uma história estranha para os policiais civis. Disse que teria sido atacado por dois homens numa moto,no bairro Labienópolis,e um deles -- armado -- obrigou que entregasse sua carteira, que continha a quantia de R$ 1.627,00, sua CNH, além de seu par de tênis da marca "Rainha", sua jaqueta e um aparelho celular.
Após entregar os objetos, a suposta vítima teria sido obrigada a se deitar no chão, com as duas mãos na cabeça, enquanto os ladrões fugiram. O rapaz, de 22 anos e trabalha como instalador, disse que ligou de um orelhão para a PM e não soube passar nenhuma característica dos dois assaltantes, nem chegou a anotar o emplacamento da motocicleta.
VERSÃO ESTRANHA - Uma viatura teria ido ao local, com dois policiais pegando os seus dados e orientando que ele fosse até a Delegacia do Município. Mas, como a Polícia Militar não adota esse procedimento em crimes de roubo, os policiais civis desconfiaram da história, até porque nenhum assalto havia sido apresentado na delegacia.
Os policiais militares que estavam de serviço tiveram a presença solicitada, mas nenhum deles foi reconhecido pelo instalador, que não recordava os nomes ou características dos policiais. Também não houve nenhum registro de ligação no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) informando um assalto em Garça.
NOIVA DESCONFIA - A noiva do instalador telefonou para a Delegacia e perguntou se ele havia registrado algum boletim de ocorrência, pois estava recebendo tratamento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), reclamando de dormência no braço. Somente às 15h30 a vítima foi registrar o suposto crime.
O dinheiro levado seria utilizado para dar entrada nos papeis do casamento entre o instalador e sua noiva, que também estava desconfiada da história. Se for confirmado que mentiu, poderá responder criminalmente pela falsa comunicação de crime. Reportagem Alcyr Netto (editada)
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