Aeronave tinha como destino Marília e fez escala em Bauru. PF abrirá inquérito para apurar origem do bilhete

Uma aeronave da Azul Linhas Aéreas que saiu do aeroporto de Viracopos em Campinas com destino a Marília moblizou nesta manhã equipes das Polícias Federal e Militar, além da Brigada do Aeroporto de Bauru. Motivo: uma suspeita de bomba. O avião já havia decolado para Marília e, após dez minutos, o comandante avisou que iria retornar a Bauru, sem dar mais detalhes. Os passageiros só ficaram sabendo do incidente quando já estavam na sala de desembarque.

De acordo com informações preliminares e extraoficiais, um bilhete teria sido encontrado no interior do banheiro masculino, o qual dizia que uma bomba teria sido colocada no interior da aeronave, que estava com cerca de 50 passageiros (pelo menos 30 que moram em Marília - principalmente empresários e profissionais liberais que tiveram compromissos na capital paulista).

Brigada do aeroporto de Bauru de plantão ao lado da aeronave após o desembarque dos passageiros.

Policiais militares, equipes do Canil da Força Tática da PM e agentes da Polícia Federal foram acionados para ir até o local. O avião teria chegado a decolar às 10h, quando próximo ao aeroporto de Marília, precisou retornar para Bauru.

TESTEMUNHA - O advogado José de Souza Júnior (foto/direita), que estava na aeronave, em entrevista ao portal Visão Notícias.com deu detalhes do incidente. Segundo ele, o comandante estava muito tranquilo e, pela comunicação interna, avisou que precisaria retornar ao aeroporto Moussa Tobias de Bauru na rodovia Cezário José de Castilho, que liga Bauru a Iacanga).

"Pensei que havia algum problema técnico no avião. Quando estávamos pousando, deu prá ver dois caminhões pipa da brigada do aeroporto a postos. Quando pousamos, a tripulação pediu para que todos descessem rapidamente. Só quando estávamos no saguão é que ficamos sabendo o que houve", relatou o advogado. Ele e muitos outros passageiros que estavam na aeronave decidiram retornar para Marília de carro ou ônibus.

Do saguão de embarque/desembarque os passageiros acompanham a vistoria no avião

Vistoria - O avião permanece isolado e o cão Falcão, da Polícia Militar (PM), que é treinado para achar explosivos, já checou todas as bagagens, mas permanece no interior da aeronave para constatar se realmente há artefato explosivo.

A reportagem entrou em contato com o Departamento  Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) e uma nota será encaminhada para esclarecimentos. Com informações do Jornal da Cidade/Bauru