Seis anos, oito meses e 28 dias. O jejum de vitórias brasileiras na Fórmula 1 chega nesta segunda-feira ao período mais longo da história, recorde que totaliza 125 corridas e acaba de superar o segundo hiato mais longo, marcado pelas temporadas seguintes à morte de Ayrton Senna, em 1994. No próximo domingo, no GP do Canadá, os dois pilotos brasileiros do grid atual terão outra chance de encerrar o tabu iniciado em setembro de 2009.
Curiosamente, o GP da Itália daquele ano, a última vitória brasileira na Fórmula 1 teve como protagonista o mesmo piloto responsável por encerrar o jejum da era pós-Senna. Rubens Barrichello, então na Brawn, largou em quinto lugar em Monza para subir ao degrau mais alto do pódio. Meses antes ele tinha vencido o GP da Europa, em Valência, que valeu ao Brasil o 100º triunfo na história da categoria.
Apesar de ser a terceira nação com mais vitórias na categoria, atrás apenas de Reino Unido e Alemanha, o Brasil passa por um período difícil. Se entre 2000 e 2009 Barrichello e Felipe Massa ganharam juntos 22 GPs e foram vice-campeões mundiais três vezes o hiato iniciado há exatos seis anos, oito meses e 28 dias trouxe aspectos tristes para o automobilismo brasileiro.
Na atual temporada os pilotos brasileiros têm enfrentado dificuldades e ainda não subiram ao pódio. Massa conseguiu pontuar em todas as corridas, teve como melhor resultados dois quintos lugares e é o sétimo no campeonato. Já Nasr ainda não conseguiu pontuar em 2016.
Confira os jejuns do Brasil na Fórmula 1:
- Desde 13/09/2009 não ganha corridas;
- Antes, viveu jejum de vitórias entre 7/11/1993 (Senna no GP da Austrália) e 30/7/2000 (Barrichello no GP da Alemanha);
- O terceiro maior período sem triunfos foi entre 1975 e 1980: vitória de Emerson Fittipaldi na Grã-Bretanha até triunfo de Nelson Piquet nos Estados Unidos.
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