Hipertensão e hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade materna no Brasil e no mundo, e ocorrem principalmente pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 830 mulheres morrem de complicações com a gravidez ou relacionadas com o parto todos os dias.
O vice-reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nelson Sass, disse que o Brasil fez muitos progressos nos último anos na redução da mortalidade materna, mas ainda está longe do ideal. Sass explica que a proporção, no Japão, por exemplo, é de 6 óbitos de mulheres por 100 mil nascidos vivos. No Brasil, segundo ele, os números são bastante heterogêneos e podem variar conforme a região do país, de 44 até 110 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade materna no Brasil caiu 58% entre 1990 e 2015, de 143 para 60 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Levando em consideração os dados de 2010 e 2015, sendo o último ano ainda com dados preliminares, a proporção da mortalidade materna diminuiu de 12%, saindo de 67,9 para 60 óbitos por 100 mil nascidos.
As principais causas de morte são pressão alta durante a gravidez, hemorragia após o parto, infecções e aborto. Sass explica que a morte materna se associa à qualidade de vida e de assistência, por isso os indicadores são piores em países em desenvolvimento e em locais com poucos recursos.
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