Câmara aprova extinção do Plano de Carreira

Dívida da Prefeitura que ultrapassa R$ 400 milhões convence maioria dos vereadores. Plano causaria impacto de R5 52 milhões na folha.
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Após muita discussão, que durou mais de três horas, a Câmara aprovou no começo desta tarde, em sessão extraordinária, projeto do prefeito Daniel Alonso propondo a anulação das leis que criaram o plano de carreira para os servidores público, incluindo aqueles que atuam no magistério e também na saúde.

Apenas os vereadores Cícero do Ceasa, Danilo Bigeschi e Luiz Nardi, foram contrários à proposta. Pouco antes, os vereadores também haviam rejeitado um substitutivo apresentado pelo vereador Nardi que previa a suspensão do plano por 180 dias.

Vereador Nardi defende o seu substitutivo que acabou rejeitado.

A sessão extraordinária foi marcada pelo presidente do Legislativo, Wilson Damasceno, para começar às 9h e, mesmo no horário de expediente na Prefeitura, muitos servidores acompanharam os debates no plenário e também por um telão numa sala ao lado.

Como havia o substitutivo apresentado pelo vereador Luiz Nardi, os vereadores debateram inicialmente essa proposta, mas que ao final acabou sendo derrubada por ampla maioria de votos.

Em seguida, os vereadores passaram a votar o projeto do prefeito Daniel Alonso. Também por maioria de votos, foi derrubado o que o Legislativo havia aprovado no final do ano passado, por meio de projeto apresentado pelo então prefeito Vinicius Camarinha (após saber o resultado das eleições).

Ao final da votação, o presidente da Câmara, Wilson Damasceno que "a Camara acaba de desarmar uma bomba-relógio instalada pela administração anterior"

Servidores também acompanharam debate em telão.

DÍVIDA MILIONÁRIA - O principal argumento dos vereadores que votaram a favor da extinção do plano de carreira foi a questão econômica.

Na exposição de motivos o prefeito Daniel argumenta que herdou uma dívida que supera 400 milhões de reais e esse benefício aos servidores -- se fosse mantido -- representaria um aumento de R$ 52 milhões na folha de pagamento, inviabilizando todos os investimentos em Marília.

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