"No meu entendimento, o vereador que votou pela manutenção dos cargos em comissão, foi contra o plano de carreira". A afirmação é do prefeito Vinicius Camarinha ao divulgar nova oficial comentando a decisão da Câmara Municipal ao aprovar a implantação do Plano de Carreira do servidor público, mas ao mesmo tempo rejeitar a extinção dos cargos comissionados. O prefeito eleito, Daniel Alonso, ainda não se manifestou.
Vinicius lamentou permanência dos cargos. Daniel ainda não se manifestou.
Sobre a permanência dos comissionados, o chefe do Executivo informou que "vai consultar a procuradoria jurídica para tomar medidas de contenção de despesas, compensatórias e necessárias para implementar o Plano de Carreira sem onerar a folha de pagamento".
Matéria atualizada às 12h10
Vinicius uma vez voltou a defender a proposta: "Plano de Carreira é um avanço importante para o funcionalismo público, um projeto que já estava em discussão na Prefeitura há oito anos. Era um compromisso da nossa administração e que visa valorizar o servidor público municipal", afirmou.
PREOCUPAÇÃO
Após uma comemoração inicial pela aprovação "apertada" na Câmara, os servidores públicos da Prefeitura de Marília estão preocupados com a possibilidade de um impasse jurídico e financeiro do Plano de Carreira: os vereadores rejeitaram o projeto que previa a extinção de 131 cargos comissionados. Segundo o prefeito Vinicius Camarinha, a medida era importante porque iria "compensar" o aumento das despesas com os benefícios concedidos ao funcionalismo.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Mauro Cirino, disse nesta manhã (06) que está preocupado com o risco do plano se tornar inviável "na prática". Mesmo assim, comemorou a medida adotada pela maioria dos vereadores ao aprovar o projeto. O prefeito eleito, Daniel Alonso e o prefeito Vinicius ainda não se manifestaram (até às 11h) sobre o resultado das votações no Legislativo.
IMPACTO - A grande discussão foi sobre o impacto financeiro que o plano vai causar aos cofres do município a partir de 1º de janeiro. De acordo com os vereadores, a prefeitura não informou os gastos orçamentários das medidas (alguns vereadores chegaram a dizer que seria em torno de R$ 2 milhões - com base em estimativa do secretário Rodrigo Zotti).
Servidores lotaram a galeria durante a discussão do projeto.
Mesmo assim, seis vereadores votaram contra e sete foram a favor do plano de carreira. Entre as medidas, ele prevê a renomeação de cargos e a criação de novas faixas salariais.
CARGOS MANTIDOS - Como o plano estava dividido em diferentes projetos, a surpresa da noite ficou por conta do projeto de Lei complementar 16/2016 que previa a extinção dos cargos comissionados. A proposta foi rejeitada por oito votos contra cinco. Com isso, foram mantidos e isso pode gerar uma despesa ainda maior para a próxima gestão.
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