A escolha do novo presidente da Câmara Municipal de Marília e dos demais integrantes da Mesa, deixará de ser secreta a partir do ano que vem. Projeto neste sentido foi apresentado pelo vereador Sílvio Harada (PR), mas conta com assinaturas dos demais integrantes do Legislativo. Outros dois projetos envolvem votações: de forma "aberta" a concessão de títulos de honraria e também a implantação do sistema eletrônico individual e com dispositivo biométrico, ou seja, vai acabar com o "senta/levanta" na hora de manifestação do voto.
As três propostas serão votadas na sessão da próxima segunda-feira (31) e devem modificar radicalmente os sistemas tradicionais e antigos de votação na Câmara de Marília previstos na Lei Orgânica do Município há mais de 26 anos.
A votação para a escolha da nova da Mesa da Câmara, por exemplo, sempre foi secreta e tradicionalmente com "surpresas", em virtude de uma intensa articulação de chapas entre os 13 vereadores, mas que nem sempre o resultado final era aquele firmado no "acordo de cavaleiros". Até então, cada vereador recebe uma cédula com todos os 13 nomes, marca o de sua preferência e coloca na urna.
Com o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município, todo esse processo será "aberto". O vereador Sílvio Harada argumenta que o objetivo é dar mais transparência à escolha do novo presidente e mesa diretora "permitindo que os cidadãos participem e estejam cada vez mais informados", afirmou.
VOTAÇÃO ELETRÔNICA - Até hoje, as votações de projetos e demais proposituras na Câmara de Marília sempre foram nominais (com chamada de cada vereador pelo nome) ou de manifestação coletiva ("permanecer da forma como está" - o famoso "senta/levanta").
Agora, poderá ser modernizada, com a implantação de um sistema eletrônico individual instalado em cada bancada e com leitura biométrica (digital - a prova de fraudes), no caso de votação nominal. O argumento é de que haverá modernização e é um sistema já adotado em grandes centros e cidades do porte médio.
HONRARIAS - Após 26 anos, outra votação secreta poderá deixar de existir na Câmara: a concessão de honraria (como título de cidadão mariliense). O vereador Wilson Damasceno apresentou projeto de resolução permitindo que cada um tenha acesso ao voto do outro. Mas, a sessão permanecerá secreta, ou seja, ninguém poderá assistir.
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