Muitos caminhoneiros que batem, tombam seus veículos ou atropelam pedestres nas estradas guiam sem dormir, turbinados por estimulantes à base de anfetaminas e ultimamente partiram para drogas mais pesadas, como cocaína. É o que aconteceu neste fim de semana em Tupã. Um caminhoneiro foi preso em flagrante com várias porções, vindo de São Paulo e, portanto, passando por Marília. O motorista não tinha passagens policiais.
Um trabalho inédito realizado pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais com condutores de veículos de carga nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais, em Contagem, mostra que 50,9% dos condutores de cargas que se acidentaram fazia uso das drogas conhecidas como rebites, cuja importância no universo dos desastres nunca foi estudada a fundo.
RISCO AO VOLANTE - A estatística é ainda mais alarmante quando se leva em conta que praticamente um a cada dois acidentes em rodovias mineiras no ano passado teve envolvimento de carretas e caminhões, como mostrou a série “Homens-bomba ao volante”, publicada pelo Estado de Minas entre janeiro e fevereiro.
Motoristas que tomam anfetaminas se tornam eufóricos, têm a capacidade de julgamento afetada e não dormem por horas a fio. O risco de causar um acidente quando seus reflexos falharem ou de dormirem quando o efeito do rebite passar é 95% maior do que o de quem não consome drogas.
PRISÃO NA REGIÃO - Um caminhoneiro de Bastos, que vinha de São Paulo e trazia consigo diversas porções de cocaína, foi preso pela Polícia Militar neste fim de semana em Tupã, após denúncia anônima. Os policiais localizaram várias porções de cocaína no interior do veículo, que foi apreendido. (fotos: Mais Tupã)
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