Campanha contra racismo em hospitais públicos

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Governo incentiva população a denunciar pelo telefone 136.

 

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República lançaram, em Brasília, a primeira campanha publicitária contra o racismo voltada para profissionais e pacientes da rede pública de saúde.

 

Dados do governo apontam, por exemplo, que 60% das mortes de mães que deram à luz nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreram entre mulheres negras e 34% entre as brancas. Na primeira semana de vida, a mortalidade também é maior entre crianças negras – 47% dos casos. Entre as brancas, são 36%.

 

As propagandas da campanha “Racismo faz mal à Saúde. Denuncie!” começaram a ser veiculadas em televisão, rádio, jornal impresso, revistas e nas redes sociais nesta terça, assim como a distribuição de panfletos nos hospitais. As ações seguem até o dia 30 de novembro.

 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que a conscientização foi motivada por relatos de discriminação nas unidade de saúde e que "os dados são impactantes e mostram como a desigualdade traz mais doenças, mais sofrimento e mais mortes". Segundo ele, o “racismo institucional” deve ser combatido.

 

A pasta também aponta que mais mulheres brancas tiveram acompanhantes no parto em unidades do SUS. Foram 46,2% dos casos, contra 27% das mães negras.

 

Campanha
A foto de uma mulher negra fazendo o gesto de silêncio com o dedo indicador sobre a boca, em referência aos profissionais de enfermagem nos hospitais, é a imagem que ilustra o material da campanha. A frase de impacto é “não fique em silêncio”.

 

O ministério pretende com isso incentivar a população a denunciar qualquer situação que envolva discriminação racial nas unidades, por meio do “Disque Saúde 136”.

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