Cão morre ao ser despachado em voo errado em viagem que durou mais de 8 horas. ANAC investiga o caso

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O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Silva, anunciou que vai investigar, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a morte de JOCA, golden retriever, durante uma viagem aérea entre Guarulhos e Fortaleza. 

A empresa assumiu a falha, e disse, em nota, que o trajeto do animal que seria de até 2h30min durou cerca de 8 horas. O animal embarcou com destino a Sinop (MT), onde moraria com o seu tutor João Fantazzini Júnior, mas foi enviado por erro do serviço de transporte da empresa aérea Gol para o Ceará.

Interrupção do serviço da Gol

Após a morte de Joca, a Gol anunciou a suspensão do transporte aéreo de animais no porão a partir desta quarta-feira (24/04).

Segundo o engenheiro João Fantazzini Júnior, tutor de Joca, foi apresentado à companhia aérea um atestado veterinário que indicava que o animal suportaria uma viagem de duas horas e meia.

O engenheiro João Fantazzini, tutor do golden retriever Joca, morto no transporte entre Fortaleza e Guarulhos. — Foto: Reprodução/TV Globo

Joca, de cinco anos, foi levado por engano para Fortaleza e ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de cerca de 36°C, segundo a família, dentro do canil, sem comer.

“Não tem ninguém que aguente uma pista aérea com 36°C de sol. Ele [estava] fechado na caixa. Não o tiraram da caixa, ele voltou todo molhado”, desabafou João em entrevista.

 
Os dois se mudariam para Sorriso (MT) e tudo já estava organizado. Ambos embarcaram para chegar no mesmo horário em Sinop, mas quando o tutor desembarcou e foi procurar o cachorro, a companhia perguntou se ele queria voltar para São Paulo para buscar Joca, que estava em outro estado devido a uma falha.

“Às vezes eu sinto que foi egoísmo meu, que eu poderia tê-lo deixado ele aqui [em São Paulo], mas sempre fomos eu e ele, sempre. Quando eu saía do meu apartamento, ele ficava me esperando o dia inteiro na frente da porta. Ele era um filho para mim.”, desabafou João.

“Ele saiu bem, ele voltou morto para mim. Um descaso total lá dentro, porque ninguém falava nada [comigo]. Eles vinham com lanchinho para mim, pra quê que eu vou querer comer? Eles acham que eu preciso que alguém me dê um lanche para comer? O que eu espero é que eles paguem”, completou.

 
 

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