Paciente de 7 anos sofria de doença grave. Cirurgia só foi possível devido aos recursos pós-operatório
Teve alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Infantil a paciente de sete anos submetida a uma cirurgia cardíaca na Santa Casa de Misericórdia de Marília.
O procedimento foi realizado na última sexta-feira, dia 20, com a participação de um cirurgião cardíaco e uma intensivista visitantes.
A criança, do sexo feminino, passou por uma atriosseptoplastia com exploração da válvula pulmonar.
O procedimento é considerado invasivo e de alta complexidade, realizado apenas nos melhores centros de cardiologia Estado com suporte especializado.
A menina, que teve a identidade preservada, é moradora em Tupã (70 quilômetros de Marília) e sofria com uma CIA (comunicação interatrial).
Trata-se de um defeito do septo atrial, ou seja, um orifício anormal que comunica o átrio direito (câmara cardíaca superior direita de baixa pressão) com o átrio esquerdo (câmara cardíaca superior esquerda de alta pressão).
A doença é congênita e quando não tratada pode provocar hipertensão pulmonar.
O cirurgião cardíaco José Cícero Stocco Guilhen, conta que a cardiopatia tem poucos sintomas. Por isso, em muitos casos, sequer chega a ser diagnosticada. Na contramão deste mal silencioso estão as consequências na vida adulta.
O médico destaca que o procedimento durou cerca de quatro horas. Pode até ser considerado de complexidade moderada, em se tratando de cirurgia cardíaca, entretanto só pode ser feito em unidades que contam com suporte.
“A Santa Casa de Marília tem uma UTI Infantil estruturada e uma equipe preparada a fazer o acompanhamento da paciente. Isso nos deu tranquilidade para fazer a nossa parte,” disse Guilhen, que operou ao lado do também cirurgião Marcos Gradim Tiveron.
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