Ambos disseram aos PMs que estavam indo ao banco iriam para receber o "Auxílio Brasil" 

Um casal de jovens foi preso pela Polícia Militar em Garça transportando drogas em locais inusitados: ele escondia 45 pinos de cocaína na cueca e a moça outras 18 porções sob a blusa. Mas, na Delegacia tentaram alegar que era "tudo armação" e que estavam apenas passando por um conhecido ponto de tráfico pois estavam indo ao banco receber o "auxílio Brasil". No final do texto, veja o que afirmou o delegado ao justificar o flagrante.

Os policiais militares estavam em patrulhamento pelo bairro Labienópolis e decidiram abordar o casal (ele de 20 anos e a moça de 18 anos) que estava em um ponto de tráfico. Os dois ainda tentaram escapar, mas não conseguiram.

Na revista pessoal, foram encontrados os 45 pinos pinos de cocaína escondidos na cueca do jovem (cor azul estampada) e, com ajuda de uma policial feminina, a sua companheira também foi registada e também estava com o mesmo tipo de entorpecente.

"Droga não é nossa!"

Já na delegacia de Garça, afirmaram que não eram "donos" da droga, ou seja, tentando alegar que os policiais teriam "forjado tudo". E acrescentaram que, por estarem desempregados, apenas "seguiam ao banco" para receber o tal benefício concedido pelo governo federal. Mas, a polícia descobriu que apenas a moça realmente tinha direito ao tal auxílio. 

Todavia, o delegado de plantão, já acostumado com esse tipo de "afirmação", entendeu que os dois deveriam mesmo ser autuados em flagrante por tráfico e permaneceram na prisão. No boletim de ocorrência deixou claro o seu entendimento sobre o desfecho do caso, ou seja, sem arbitrar fiança:

"... devendo permanecer(m) preso(s) por se tratar de conduta/situação que gera repercussão social, não devendo ser(m) solto(s) em hipótese alguma para que não se furte a aplicação da lei, bem como para não gerar descrédito da Policia, das leis e da Justiça e, também, para que não sirva de incentivo à prática de tráfico por outras pessoas ou como prêmio ao(s) increpado(s) o fato de ser(m) preso(s) e logo depois solto, voltando às ruas, livre para possivelmente traficar novamente ou eventualmente praticar furtos para pagar as drogas que com ele estavam, pois como se sabe nos meios policiais e a própria experiência aponta, é que será cobrado dele(s) a perda dessas drogas. Também é sabido que a venda de drogas financia os grandes traficantes e facções criminosas."