CBF e médicos pedem cautela na volta do público aos estádios

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Depois da longa paralisação do calendário pela pandemia e do retorno das competições com os portões fechados, o futebol brasileiro vive a expectativa do próximo passo da retomada gradual das atividades. O retorno da torcida aos estádios já é tema debatido entre os clubes, porém ainda distante quando se trata da liberação das autoridades. Tanto médicos como a própria CBF consideram prematuro estabelecer prazos para a reabertura dos portões.

O retorno do público aos estádios interessa aos clubes para diminuir os gigantescos prejuízos que vieram com a pandemia. Em alguns jogos da Série A, as equipes chegam a ter gastos de até R$ 100 mil com taxas de arbitragem, impostos, funcionários ou aluguéis dos estádios. O dinheiro movimentado pelas partidas representa em períodos normais uma fatia importante do orçamento.

Mesmo com a relevância da torcida para os clubes fecharem as contas, a CBF explicou que ainda não trabalha com um prognóstico nesse cenário. A entidade organizou um protocolo médico para o Campeonato Brasileiro com a previsão de disputar todo o torneio com os portões fechados. O encerramento será somente em fevereiro do ano que vem.

"O ideal, para preservar o equilíbrio esportivo, é que isso (a volta da torcida) aconteça em todo o país de maneira uniforme. Essa questão será enfrentada assim que as condições de saúde e segurança estiverem contempladas, o que esperamos que aconteça o mais breve possível", afirmou o presidente da CBF Rogério Caboclo.

Para médicos consultados pela reportagem, ainda não é momento sequer de discutir a abertura dos estádios aos torcedores. É necessário aguardar a queda de taxas relativas a mortes, notificações de novos casos de covid-19 e ocupação de leitos em hospitais.

Os especialistas em saúde pública defendem que quando for o momento apropriado para se analisar a volta da torcida aos estádios se tenha um cuidado especial para a criação de protocolos e regras de prevenção.

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