A segunda-feira (15) foi marcada por incidentes e clima de muita tensão entre servidores em greve, Prefeitura e a Polícia Militar, no trigésimo terceiro dia de paralisação da categoria. Há pouco, a PM conseguiu abrir os portões da garagem municipal (avenida República) liberando a saída de veículos da frota municipal. Não teriam sido registrados incidentes.
Em nota à imprensa, a assessoria da Prefeitura denunciou "tumulto, empurra-empurra e atraso nos serviços prestados à população, como coleta de lixo e transporte escolar. Foram os registros da ação dos servidores em greve". O executivo acusa o SINDIMMAR (Sindicato dos Servidores Municipais) de ter colocado cadeados e correntes nos portões, impedindo a saída de caminhões da coleta de lixo, garis, ônibus do transporte escolar e o abastecimento do Corpo de Bombeiros. Além disso, teriam ocorrido "empurrões, agressões e bate boca".
Matéria atualizada às 11h03 (16/06)
Os grevistas garantem que toda a manifestação de hoje foi pacífica. “É mentira da administração!” afirmou Adilson Simão, da Associação dos Vigilantes Patrimoniais. “Teve empurra-empurra de gente que a administração mandou para a porta da garagem, que tentou forçar a entrada só para culpar a gente”, afirmou o servidor Lúcio Coelho. “Aliás, botaram cadeado e entupiram as fechaduras de postos de saúde e de escolas também pra tentar culpar os grevistas” – acrescentou o servidor.
DIAS DESCONTADOS - Na manhã desta terça (16), a Prefeitura de Marília divulgou nova nota oficial. Desta vez informando que o tribunal de Justiça indeferiu um pedido de liminar para que não fossem descontados os dias parados dos servidores.
Veja a nota: "A Prefeitura de Marília – por meio da Assessoria Jurídica do Município - informa que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo indeferiu, na noite desta ultima segunda-feira (15), o pedido de liminar do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos de Marília) para que não seja efetuado o desconto dos dias parados dos grevistas".
SEM CONSTRANGIMENTO
O clima ficou ainda mais tenso depois que o Juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, concedeu nesta segunda liminar a Prefeitura determinando que o Sindicato dos Servidores Públicos pare de impedir ou constranger os funcionários que não aderiram à greve. O descumprimento da medida, fixa multa de 5 mil reais para cada ato abusivo, conforme informa a assessoria de imprensa da Prefeitura.
“Não podemos permitir e não vamos tolerar o abuso no direito de greve. Os funcionários que querem trabalhar têm de ter os direitos respeitados. Os serviços essenciais não podem deixar de ser prestados à população”, afirmou o prefeito Vinicius Camarinha, na nota.
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