A Operação da Polícia Civil terminou com oito presos
Uma das principais clínicas de abortos clandestinos do Rio Grande do Sul foi descoberta e desarticulada na última semana, em uma operação que teve oito pessoas presas e equipamentos usados em operações apreendidos – entre eles agulhas de tricô.
A quadrilha contava com agenciadores, atravessadores e um esquema de segurança, e as negociações começavam em grupos de uma rede social da internet.
A quadrilha oferecia o aborto através de uma página rede social.
A oferta incluía o envio de medicamentos abortivos para outros estados como São Paulo. Na própria página, uma mulher que se apresentava com o falso nome de Eva Duarte conversava com os interessados.
Ela garantia que a realização do procedimento seria feito por médicos de primeiro mundo em uma clínica de luxo.
A lei brasileira proíbe o aborto, exceto em casos específicos em que a vida da mãe corre perigo, se ela for vítima de estupro ou se o feto não tiver cérebro (anencefalia).
Por isso, o anúncio na rede social surpreendeu o delegado, que também relatou a falta de preparo no local.
"Ali também se notou durante a nossa incursão que não tinha nada que pudesse salvar uma vida se qualquer coisa que desse errado naquela intervenção cirúrgica que eles estavam praticando", informou.

O atravessador buscava os clientes em uma parada de ônibus em frente ao um shopping e juntos, seguiam a pé por duas quadras. Dessa vez, eles não sabiam que os clientes, na verdade, eram policiais disfarçados.
Os policiais entram na clínica, que tem grades e portas reforçadas. Em segundos, a quadrilha é desmontada.
Sete pessoas foram presas. Uma jovem de 21 anos que estava pronta para ser operada foi ouvida pela polícia e liberada.
Um perito confirmou que os instrumentos recolhidos eram usados na prática do aborto. Entre eles, agulhas de tricô. Eva, a oitava integrante do grupo foi presa em casa.
Fonte G1 (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)
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