Ao garantir que já tem uma estratégia de governo definida para os primeiros 100 dias de administração, o prefeito eleito, Daniel Alonso (PSDB) voltou a defender a realização da chamada “transição de governo” com Vinicius Camarinha porque isso vai refletir diretamente na população. “Deve haver um clamor pela maturidade política. Eu não queria acreditar em maldades e sim numa transição republicana”, afirmou.
Daniel Alonso cobra uma "transição republicana".
Daniel acompanhado do vice, Tato Ambrósio, e de parte da chamada "equipe de transição", tomou um café da manhã com a imprensa e que logo em seguida se transformou numa coletiva, tratando de assuntos polêmicos, como: plano de carreira, concessão do DAEM à iniciativa privada, problemas no lixo, transporte coletivo e principalmente a crise financeira.
Sobre a equipe de governo, prometeu anunciá-la na primeira quinzena de dezembro. Além disso, em entrevista ao vivo no portal Visão Notícias.com disse que já tem pronto um projeto dos 100 primeiros dias de sua administração, além do chamado “plano B”, caso não consiga a colaboração do atual governo.
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Pela primeira vez, foi revelado uma estimativa desse “rombo”. Ao responder uma pergunta do portal Visão Notícias sobre as dívidas da Prefeitura, Daniel e o seu futuro secretário da Fazenda, Levy Gomes, revelaram que deve chegar a R$ 320 milhões. Mas, isso somente será conhecido em detalhes a partir do momento em que houver essa transição entre a atual e a nova administração.
LEI OBRIGA TRANSIÇÃO – A transição entre Vinicius e Daniel é uma exigência da própria lei 7. 4 6 3, sancionada em outubro de 2012 (trata da “transição democrática”). O problema é que existe uma lacuna sobre o prazo máximo para ser colocada em prática. Daniel está se baseando na data em que o ex-prefeito Ticiano Toffoli iniciou a transferência de informações para Vinicius (em 26/10/2012). Portanto, já venceu em relação a Vinicius.
O novo prefeito não descarta inclusive ir à justiça para conseguir a chamada “caixa preta” da administração. Ele só pretende aguardar mais cinco dias (portanto até a próxima semana). Mas, volta a defender esse diálogo, citando outros casos como de Bauru (começou no dia seguinte à eleição) e da própria capital paulista.
PLANO DE CARREIRA E CONCESSÃO DO DAEM
Os dois assuntos polêmicos também foram novamente criticados por Daniel durante a coletiva, ao defender essa maturidade política na decisão de assuntos que podem prejudicar não apenas a nova administração, mas toda a cidade.
Sobre o plano de carreiras do funcionalismo, acredita que a proposta apresentada é mais uma reestruturação para beneficiar a minoria, com “promoções injustas”. Segundo ele, é preciso “tempo para estudar o plano com os servidores”.
Nova equipe conversa com a imprensa.
Quanto ao DAEM, Daniel Alonso também não considera a concessão a melhor saída para o abastecimento de água e tratamento do esgoto. Mesmo porque a empresa que eventualmente assumisse iria buscar financiamentos – o que a própria administração poderá fazer, inclusive com a retomada do contrato com a Caixa Federal.
TATO NA CODEMAR? Como também participou da coletiva, os jornalistas questionaram o vice, Tato, qual será a sua participação no novo governo. Daniel chegou a dizer que, pela sua experiência, poderia assumir a direção da Codemar.
Tato fala da liberdade de imprensa, com responsabilidade.
O que Tato preferiu enfatizar foi a liberdade de tratamento com a imprensa que a nova administração. “A mordaça na boca da imprensa acabou”, garantiu o vice-prefeito eleito, mas deixou claro que isso deve ser “com responsabilidade”.
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