Confronto público entre líderes e liderados: tornando-se um espírito menor

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Por Marcos Boldrin

A que se atribui a coragem de um conjunto de pessoas atravessarem a escuridão do desconhecido? Mais que a treinamentos, nível de formação educacional, sofisticados sistemas ou tecnologia, é a empatia o maior bem que se dispõem.

Se perguntássemos a qualquer um dos notáveis homens e mulheres que nos impressionam em se arriscarem em benefício dos outros o porquê de fazerem o que fazem, a resposta certamente seria: simplesmente porque teriam feito o mesmo por mim. 

Mais do que somente conduzir, o ato de liderar é, em boa medida, a capacidade de se deixar levar, de se envolver neste clima de confiança, obviamente dentro de limites aceitáveis, por atos probos, decentes. Assim é que todos crescem, se tornam maiores em espírito. 

Imaginemos que um liderado, por raiva, inveja, fome de poder ou vaidade (o velho hábito de abandonar o bom senso...), opte por tornar públicos pensamentos, palavras, atos e omissões de sua liderança que presenciou quando praticados em ambiente privado e sem a anuência de que tal divulgação seja de conhecimento de todos os envolvidos; ou o líder que decida expulsar um de seus liderados fundamentado em meras informações que não foram devidamente apuradas até o momento presente.

Ou, ainda, que ambos - fustigados por um terceiro que, especulando, conta uma história que ainda há que ser verificada, checada sua veracidade, e cuja repercussão faz com que o leadership core, o coração do exercício da liderança, seja completamente estraçalhado: a confiança – ponham-se a ofensas mútuas, a não mais acreditarem em si, a não mais se escutarem e, por conseguinte, a deflagarem uma série de ameaças de todos contra todos, criando um ambiente instável em que acabe por desestabilizar os demais membros do time. 

Em um campo de batalha; em um confronto armado em área urbana; em uma operação de resgate de vítimas em áreas de risco, é comum que o medo do confronto e do desconhecido, aliado à ansiedade em proteger as pessoas gerem estresse e, por esta razão, alcance-se, inclusive, o nível de discussões, bate-bocas. 

Confronto de ideias, de soluções que individualmente se julguem mais adequadas é fato normal, até, em ambientes assim e de alta competitividade.

O que não pode ocorrer é a exposição desnecessária a riscos de quem deposita toda sua confiança em quem está ao seu lado e cabe ao líder e somente a ele garantir que ninguém de sua Equipe se sinta potencialmente à mercê de um disparo de arma de fogo durante um combate em campo, em um confronto urbano, a sinistros em operações de resgate, ou que tenha sua imagem, princípios e valores trucidados publicamente: o caráter de um líder será medido pelo seu esforço em manter seus liderados protegidos e confiantes no espírito de corpo, de que estão protegidos enquanto estiverem no círculo de proteção da Equipe que voluntariamente escolheram servir. 

Se há um padrão dentro das corporações de sucesso é o da conquista, por parte da liderança, da lealdade de cada um de seus liderados e a capacidade de encararem, juntos e de peito aberto, quaisquer turbulências, desafios e tempestades. É nas provas do acaso que todo homem é testado: em um céu calmo, sem tempestades, qualquer piloto ousa tripular, inclusive entre os mais hábeis.

São as tormentas que separam os nobres e os notáveis dos comuns e isto vale para militares; comerciantes; industriais; prestadores de serviços. Funcionários Públicos. Familiares.

Serve pra você e pra mim. Enfim, serve pra todos nós.

Marcos Boldrin

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