Cumprir a jornada trabalhista, entregar as atividades programadas e voltar no dia seguinte. Esse parece ser o roteiro de trabalho mais peculiar de boa parte dos profissionais brasileiros. Mas em períodos onde a economia anda de lado, o consumo diminui e a recessão aumenta, as empresas esperam que o comportamento de seus colaboradores seja um pouco diferente do praticado habitualmente.
“As pessoas no geral deixam a onda de pessimismo abater sua motivação e não agem. As empresas esperam que seu funcionário faça um esforço extra para que a companhia consiga superar as adversidades e desafios de períodos instáveis e de incertezas. Não é preciso que um colaborador “durma” na empresa, mas que demonstre mais interesse e mostre que está comprometido em ajudar justamente nesse momento. São nessas pessoas que as empresas apostam e buscam apoio. Nada que uma boa conversa para alinhar expectativas tanto por parte dos gestores como dos funcionários. É com esse diálogo que ambos poderão ficar mais sintonizados e buscar soluções em conjunto”, explica Roberto Picino, diretor executivo da Page Personnel.
Veja abaixo seis atitudes que as empresas esperam dos profissionais durante a crise:
1) Negociar melhor salários e benefícios – Em épocas de baixa atividade econômica, as pessoas precisam entender e saber a melhor forma de ajustar expectativa e realidade salarial. “As empresas esperam que os profissionais saibam se valorizar, mas tenham bom senso quanto ao momento e resultados da empresa antes de pleitear salários e benefícios”, diz Picino, da Page Personnel.
2) Esticar um pouco o horário de trabalho/ flexibilidade com entrada e saída – Fazer aquela hora a mais ou chegar mais cedo para auxiliar com as demandas extras ou novas prioridades é outro tipo de atitude desejada pelas empresas. “Isso demonstra genuinamente o compromisso com a empresa e faz toda a diferença”, conta o diretor da Page Personnel.
3) Promoção pode demorar um pouco mais, mas pode ser compensada no futuro - A mudança de cargo é um dos mais desejados reconhecimentos que um funcionário espera ao longo da carreira. Com o cenário adverso, esperar por essa oportunidade pode fazer a diferença. “Aqueles que passarem pela fase difícil junto com a empresa terão a chance de serem recompensados pelo esforço e dedicação despendidos”, indica Picino.
4) Ter mais senso de engajamento/ espírito de equipe – Muitos líderes questionam colaboradores que gostam da tradicional “zona de conforto” e cumprem seu papel objetivamente. “Na crise, espera-se mais proatividade, participação e preocupação com os problemas que a empresa enfrenta. Engajar não se resume ao feitio das atividades corriqueiras. É ir um pouco mais além, é abraçar a causa e trazer ideias e soluções criativas”, revela o consultor.
5) Não criar mais pânico e problemas. As empresas já estão enfrentando muitos - Tem muita gente que gosta de alarmar, criar boatos e espalhar o terror. Esse tipo de informação desencontrada e muitas vezes falsa só ajuda a aumentar a tensão no ambiente de trabalho. “Funcionário sensacionalista e alarmista só atrapalha a equipe. Cria mal-estar, incerteza e piora a produtividade. Jogar contra é o que menos se precisa nesse momento. O que vale é ajudar a empresa com atitudes e discurso positivo”, conta Picino, da Page Personnel.
6) Momento de se destacar – Aquela máxima de que a crise traz oportunidades, é mais valiosa nesse momento. “Tem gente com perfil aguerrido, destemido e de busca pelo novo. É hora de se destacar e mostrar o valor. Aquele que conseguir apresentar algo diferente e inovador pode ter um destino diferente na carreira”, completa o executivo.
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