Conselho proíbe veterinário de ajudar animais de pessoas carentes

Um dos comentários que "mitaram" no post do vídeo foi "No País da corrupção, ajudar pessoas carentes, de graça, é ilegal".
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Quem cuidará, clinicamente, dos cães e gatos de rua e das pessoas que não têm condições de tratá-los com um médico veterinário? O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, com sede na capital paulista, tomou uma atitude nesta segunda-feira (1). Eles notificaram o veterinário Ricardo Fehr Camargo, de São Carlos, que ajudava pessoas de baixa renda.

O Conselho considera um risco para a categoria o profissional disponibilizar atendimento a animais com risco de morte, pertencentes a famílias carentes, porque não considera isso uma “utilidade pública” e muito menos “ético”.

O vídeo rodou o País por meio do Facebook. Na imagem, a fiscal notifica a clínica, diz que Ricardo pode sofrer um processo ético junto ao Conselho e proibiu a ação do veterinário de tratar estes bichos, mesmo que isso fosse feito somente aos sábados, fora do seu horário de expediente tradicional e com dinheiro do próprio bolso. Ainda no vídeo, o Conselho alega que ele, obrigatoriamente, precisa cobrar.

O advogado do veterinário explica, no vídeo, que a atitude colaborativa teve início quando um homem o procurou na clínica com o cachorro em estado avançado de uma determinada doença. O veterinário Ricardo Camargo viu então a necessidade de colaborar com alguns moradores de baixa renda. Então ele e a esposa iniciaram triagem e fizeram postagem da prestação de serviço no Facebook. O caso repercutiu devido a denúncias de colegas de profissão e Fernando foi notificado. O impasse gerado é que, segundo o Conselho de Ética de Medicina Veterinária do Estado, isso é proibido e não é considerado, legalmente, como utilidade pública, mesmo que o termo não esteja especificado juridicamente.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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