Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 01, o Sindicato do Comércio Varejista anunciou que pretende pagar 9,88% de reajuste salarial retroativo a setempro de 2015. Ainda, três pontos ainda dificultam a campanha salarial também foram divulgados.
O primeiro ponto é o desacordo referente ao pagamento dos últimos meses. Os comerciantes querem parcelar os valores em sete vezes, enquanto os empregados admitem em até quatro vezes. “A cada mês que passar ele vai ter que aumentar o prazo para nós. É um direito adquirido do trabalhador, ninguém é contra, mas eles têm que entender o momento que estamos vivendo. Já foi feito em quase todas as cidades”, disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista Pedro Pavão. Outros pontos em desacordo são referentes a redução da jornada de trabalho e salários, além da contribuição assistencial recolhida do salário de cada trabalhador, que é repassada ao Sindicato dos Empregados.
Os responsáveis pelos comércios querem colocar em prática o direito previsto por lei de reduzir a carga horária para até 25 horas semanais, focando no final de semana. Como os novos empregados já podem ser contratados para a jornada diferenciada, as empresas querem estender estes limites a quem já é funcionário efetivado.
Em relação aos descontos em contribução ao Sindicato dos Empregados, Pedro Pavão mostrou uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que considera ilegal descontar de trabalhadores que não sejam filiados ao sindicato, ou que não tenham autorizado o desconto. Em Marília, o Sindicato dos Trabalhadores exige uma contribuição mensal de 2%, que segundo Pavão, é ilícita. Em cidades na região, como Bauru, Sorocaba ou Ribeirão Preto, os valores ficam entre 1% e 1,5%.
Sem o acordo, Pavão considera a negociação encerrada. A convenção coletiva de 2014 fica automaticamente renovada até setembro deste ano.
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