Custo da Copa do Mundo equivale a um mês de gastos com educação
Alvos frequentes das manifestações de rua, os gastos e os empréstimos do governo federal, dos Estados e das prefeituras com a Copa somam R$ 25,8 bilhões, segundo as previsões oficiais. O valor equivale a, por exemplo, 9% das despesas públicas anuais em educação, de R$ 280 bilhões.
Em outras palavras, é o suficiente para custear aproximadamente um mês de gastos públicos com a área.
A comparação deve ser relativizada porque haverá retorno, no futuro, de financiamentos. O Corinthians, por exemplo, terá de devolver os recursos que custearam o Itaquerão. Além disso, os gastos da Copa começaram a ser feitos há sete anos e concentrados nos últimos três.
Isso não quer dizer que as cifras sejam corriqueiras: num país em que os governos privilegiam a área social e têm pouca sobra para investir, são raros os projetos que mobilizam tantos recursos.
Na lista dos grandes empreendimentos, a Copa custará o triplo do que se planeja gastar na controversa transposição do rio São Francisco, exclusivamente em verbas do Orçamento federal.
Como os números ainda devem ser atualizados, é provável que se aproximem mais dos R$ 30 bilhões da usina de Belo Monte (PA), a maior obra de infraestrutura financiada pelo governo Dilma Rousseff.
No pacote da Copa, as despesas mais questionadas têm sido os R$ 8 bilhões destinados aos estádios. Os gastos restantes são, na maior parte, com projetos de transporte urbano, aeroportos e portos.
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