A família da atendente Andréia Lubarino Santana, de 36 anos, levou um susto ao abrir o caixão no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador (BA). O corpo que estava dentro não era dela e sim de um idoso. Andréia estava internada desde janeiro no Instituto Nacional de Câncer, em São Paulo, para tratamento de leucemia, e morreu na última quinta-feira (7).
O irmão de Andréia, o motorista Gilson Santana, foi o primeiro a constatar o erro. “Abrimos o caixão no cemitério e foi um choque imenso. Uma mistura de tristeza e revolta”, disse Gilson. A família havia contratado a empresa Gollog, serviço de cargas da companhia aérea Gol, para fazer o translado do corpo, através da funerária paulista Schunck.
O corpo deveria ter chegado no voo 1162, da Gol, que saiu de Guarulhos e chegou às 13h no Aeroporto Internacional de Salvador. Lá, Gilson recolheu o caixão e seguiu para o cemitério. O enterro estava marcado para às 16h. Após perceberem o problema, ao lado de parentes e amigos, começou a saga para tentar localizar o corpo de Andreia.
Etiqueta em embalagem da Gollog traz nome do irmão de Andreia
O corpo dela viajava pelo agreste pernambucano, rumo ao velório de Luis — que estava... na Quinta dos Lázaros, diante dos olhos da família de Andreia. O idoso, natural de Lajedo (município a três horas e meia de Recife) estava em São Paulo há três meses para um tratamento auditivo. Uma ligação da empresa GOL à família do idoso (para que abrisse o caixão) confirmou a confusão.
Em nota, a empresa informou que “manifesta sua solidariedade aos familiares e lamenta o ocorrido” e “está prestando assistência aos familiares”. Segundo a nota, o translado foi concluído e a Gol arcará com as despesas. O corpo de Andreia foi enterrado neste sábado (9), de manhã, em Salvador.
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