Em café da manhã com jornalistas para encerrar o semestre de trabalhos, na manhã desta quinta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aproveitou diversas oportunidades para criticar o governo Dilma Rousseff e o PT e reafirmar a vontade de peemedebistas de deixar o governo. Cunha destacou que, para quase metade do PMDB, “já estava atrasado o timing" da reunião do partido ontem, em que os caciques da legenda defenderam a candidatura própria em 2018. Ao citar desemprego, Cunha previu um segundo semestre ainda ‘mais duro’ para o governo Dilma.
"Tem 40% do PMDB que acha que a aliança com o PT nem deveria ter acontecido ano passado. A crise política não termina, o governo a cada dia vai perdendo governabilidade. O governo não tem capacidade de assumir sua agenda, parece que ainda nem começou a governar. É a primeira vez na história recente que um governo não tem maioria no Congresso. Apenas finge que tem maioria" disse.
Cunha sinalizou que o segundo semestre deste ano pode ser de mais dificuldades para o governo. Ao contrário do que espera o Palácio do Planalto, o peemedebista prevê que os ânimos dos parlamentares estarão ainda mais acirrados contra o governo após as duas semanas de recesso parlamentar, quando terão um contato mais intenso com suas bases políticas.
Questionado se o PMDB pode deixar o governo antes de 2018, Cunha respondeu afirmativamente:
"É uma hipótese e não é improvável" pontuou, destacando que os ministérios hoje ocupados pelo partido serviriam somente aos próprios ministros e que o PMDB fica com o "ônus" de estar no governo, sem participar de fato.
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