A proposta anunciada em outubro do ano passado pelo prefeito Vinicius Camarinha, de concessão dos serviços de água e esgoto para a iniciativa privada, volta a causar polêmica. Nesta manhã, dezenas de moradores (principalmente da zona Norte) realizaram uma passeata pelo centro da cidade defendendo a permanência da autarquia.
Protesto dos moradores também foi em frente ao DAEM.
A manifestação começou em frente ao próprio DAEM, prosseguiu pela rua São Luiz, Sampaio Vidal até defronte a Prefeitura. Durou cerca de uma hora. No começo deste mês, após cerca de um ano depois de a Prefeitura enviar para a Câmara projeto de lei, o processo de privatização começou efetivamente nesta sexta-feira com a entrega de envelopes com as propostas de empresas interessadas.
De outubro do ano passado até agora o processo de concessão do DAEM à iniciativa privada envolveu aprovação na Câmara (10 votos a 3), duas suspensões da concorrência por ordem do Tribunal de Contas do Estado e pelo menos dois questionamentos que seguem em tramitação na Justiça, sem liminares contra a medida. Duas empresas foram habilitadas para participar da concorrência: CONSÓRCIO ÁGUA E ESGOTO DE MARÍLIA e ODEBRECHT AMBIENTAL S.A.
MOTIVO - De acordo com a Prefeitura, nos próximos 35 anos serão necessários investimentos de R$ 638 milhões para os serviços de água e tratamento do esgoto, mas neste mesmo período, o DAEM só terá "capacidade financeira" de R$ 110,5 milhões. Diante disso, a única saída - segundo Vinicius - será a concessão. Ele garantiu: ".Não é venda do DAEM. É concessão dos serviços através de uma parceria público-privada", disse na época o prefeito Vinicius Camarinha.
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