Faltando pouco mais de dois dias para terminar o seu mandato, o prefeito Vinicius Camarinha surpreendeu muita gente ao publicar hoje (29), no Diário Oficial Eletrônico do Município, um decreto declarando vagos todos os cargos comissionados da administração. O curioso é que todos os ocupantes já haviam sido exonerados desde terça-feira (dia 27).
Vinicius: declarar cargos vagos gera especulação.
A publicação do decreto surpreendeu assessores que trabalham tanto na Prefeitura como na Câmara, já que em administrações anteriores normalmente o último ato envolvendo cargos comissionados sempre foi apenas a exoneração dos nomeados. Na semana passada surgiram rumores de que o chefe do Executivo pretendia assinar um decreto declarando extintos todos os cargos. Mas, no sábado passado foram publicadas as portarias de exoneração, a vigorar a partir do dia 27/12.
"Declarar vagos os cargos pode ser o primeiro passo para a extinção", chegou a comentar um servidor que tem livre trânsito no Gabinete. Mas, a assessoria de imprensa da Prefeitura procurou desmentir. Em, nota afirmou que "o decreto não significa a extinção dos cargos. Só declara vago porque os cargos não estão ocupados no momento". A expectativa agora fica por conta dos atos que serãop publicados no Diário Oficial Eletrônico entre amanhã e sábado.
O prefeito Vinicius Camarinha terá que decidir até sábado se sanciona o projeto aprovado pela Câmara de criação do Plano de Carreira, mas com a permanência de todos os cargos comissionados. No começo deste mês o prefeito Vinicius Camarinha já havia tentando acabar com 131 deles (permanecendo apenas os postos de secretários e diretores), como forma de "compensar" o aumento das despesas com os benefícios concedidos ao funcionalismo com o Plano de Carreira. Mas, a Câmara rejeitou esse projeto.
SECRETÁRIOS - Embora todos os cargos do chamado "segundo escalão" tentam sido exonerados desde anteontem, os secretários municipais e diretores de autarquias deverão permanecer em seus postos "até o último dia úti", ou seja, até amanhã. O antecessor dele, Ticiano Toffoli, por exemplo, manteve a "tradição" dos gestores municipais de demitir todos os comissionados pelo menos quatro dias antes do final do mandato.
Se a exoneração ocorresse alguns dias antes do encerramento do mandato, todo o acerto seria feito no mandato atual. Mas, por ser no último dia útil, fatalmente o prefeito Vinicius Camarinha vai deixar essa missão para o novo prefeito, Daniel Alonso, que assume em 1 de janeiro e é considerado "de oposição".
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