Depressão pós-parto: precisamos falar sobre isso!

O problema não é tão raro assim, embora quase ninguém fale sobre ele. Mas é preciso ficar atenta e procurar ajuda (não, não é frescura!)
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Escrever sobre maternidade na internet está sendo uma das experiências mais incríveis da minha vida, posso dizer que já ouvi muitas histórias emocionantes nesse meio tempo.

São mulheres que dividem comigo suas angústias, seus sofrimentos, amparadas por um certo anonimato - afinal, ao mesmo tempo em que estamos muito próximas, não nos conhecemos na vida real. Dos relatos que recebo, certamente alguns dos mais tocantes estão relacionados à depressão pós-parto: um problema relativamente comum que aparece após o nascimento do bebê, e sobre o qual pouco se comenta por aí.

Quando digo que as pessoas não falam muito sobre isso, não estou me referindo a informações sobre a doença - essas são amplamente apresentadas em sites, livros, na televisão.

Estou falando do nosso círculo de amigas, das vizinhas, das mulheres da família, que dificilmente admitem que sentiram a doença na pele (parece que o pós-parto é uma fase tranquila para todo mundo, menos para você, não é?).

E aí você, que quase não consegue se levantar da cama depois de uma noite mal dormida cuidando do bebê, que chora dias e dias por meses, que não sabe mais o que fazer para afastar esse sentimento ruim, começa a achar que é a única mãe do planeta a vivenciar essa tristeza.

Com esse post eu queria fazer um alerta sobre o assunto: a depressão pós-parto existe, não é frescura, e também não pode ser confundida com baby blues. Ela, a depressão, normalmente não passa sozinha - é preciso procurar ajuda, muitas vezes fazer uso de medicamentos por um certo tempo, até que a recuperação aconteça. Uma mulher com depressão pós-parto não consegue desempenhar seu papel de mãe como gostaria e se sente ainda mais frustrada (e culpada!).

Já ouvi confidências de mães que pensaram em sair de casa e abandonar tudo, tamanho era seu desespero. Já li mensagens de outras que relatavam ter raiva do próprio filho, porque não se conformavam com o sofrimento que sentiam depois do nascimento da criança.

Quando se chega a esse ponto, não espere, aja! Converse com sua família, abra o jogo, diga que não está dando conta - e se perdoe por isso, porque a culpa gerada é imensa!

Não é fraqueza procurar um médico, muito pelo contrário, é um exemplo de força pessoal, de quem se permite ser ajudada, para conseguir estar inteira, para cuidar do próprio filho.

Texto por: Nívea Salgado para o Disney Babble

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