Desempregado, jogador que participou do Mundial de Clubes vende cheirinho de carro em semáforo

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O jogador Marcos Paulo de 22 anos, que disputou o Mundial de Clubes, realizado no Catar, pelo Hienguène Sport, time da Nova Caledônia, país da Oceania, precisou se reinventar após ficar afastado dos campos, devido a pandemia do coronavirus. Atualmente Marcos Paulo fabrica e vende cheirinho para carros nas ruas de Marília.

De volta ao futebol brasileiro, o volante foi contratado pelo Assisense para disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista. O estadual acabou sendo adiado com a chegada da pandemia e o jogador acabou rescindindo com o time de Assis.

Sem conseguir contrato com outro clube, Marcos Paulo viu as contas chegarem e o dinheiro ficando apertado. O jogador está noivo e ainda mora com os pais, então sentiu que precisava se mexer para não ficar encostado vendo as coisas ficarem ruins para sua família. Foi assim que passou a trabalhar em semáforos na cidade.

"Estava difícil arrumar clube, justamente pela pandemia. Comecei a procurar na internet como fazer uma grana extra. Foi aí que achei a ideia dos cheirinhos para carros e vi que em Marília poucas pessoas vendiam. Na época não conhecia ninguém, então comecei a fazer, coloquei no meu carro, no do meu pai, e vi que deu certo, os carros ficaram cheirosos", disse.

Marcos Paulo fabrica os cheirinhos em casa para vender nas ruas de Mar?lia ? Foto: Vitor Lelis

O agora vendedor de cheirinhos começou a comprar as embalagens e os materiais para ele mesmo fabricar os produtos. Mas o futebol não sai da sua vida. Marcos Paulo afirma que o maior desejo é voltar a jogar. Por isso, está treinando sozinho diariamente, além de dar aula para crianças carentes.

Apoiado pela família e pelos amigos, Marcos Paulo fez um post em suas redes sociais para mostrar o que tem feito enquanto não volta para o futebol. E o post repercutiu a ponto do jogador receber novos clientes e até críticas.

"No dia que fiz o post, estava vendendo cheirinho e Deus tocou no meu coração para fazer isso. Entrei no meu quarto e fiz com lágrimas nos olhos. Escrevi tudo que estava sentindo. E isso repercutiu e tem me ajudado muito. Muitas pessoas vieram comprar o cheirinho para me ajudar. Ouvi de algumas pessoas que joguei fora e não guardei dinheiro, mas não me importo", conta. (Fonte: G1)

 

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