É possível notar um número cada vez maior de pessoas aderindo a um estilo de vida mais saudável. A população se preocupa não só com o físico, mas com a saúde de maneira geral, o que representa um avanço posivito em direção à melhora da qualidade de vida. Porém, ao mudar alguns hábitos do dia-a-dia em busca de uma rotina mais saudável, muitos deixam de consultar especialistas e acabam seguindo "modismos", como no caso das chamadas "dietas detox".
Embora traduzido no Brasil como destoxificação, o correto seria desintoxicação, o que significa pressupor que o organismo está intoxicado e precisa de ajuda na eliminação de toxinas e agentes tóxicos. Porém, apesar de estar na moda, não existe comprovação científica que valide esse tipo de alimentação. Na verdade, o "detox" não é propriamente uma dieta. Apresentada em diversas versões, em geral, costuma utilizar alimentos líquidos, como sucos, e pode indicar a exclusão de algum ingrediente ou componente, como o açúcar ou o glúten, por exemplo, o que a caracteriza como uma dieta de exclusão.
Nenhuma dieta restritiva pode ser considerada saudável, mesmo que rica em vegetais e frutas, pois o corpo precisa da energia vinda de diversos nutrientes e, por isso, é necessário o equilíbrio, e não uma eliminação radical.
Essa falta de energia pode, inclusive, causar problemas como fraqueza, mal humor, dor de cabeça e pensamento lento.
Combinação com atividades físicas
Quando uma pessoa pratica atividade física, deve se alimentar de maneira equilibrada. Por isso, para esse caso, também não se deve optar por restrições na alimentação.
De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas, "mesmo sendo disseminada pela mídia como sinônimo de emagrecimento, saúde e estratégia de limpeza das toxinas do corpo, faltam evidências científicas que amparam a utilização de dietas "detox" ou desintoxicantes. Além disso, sua utilização não é condizente com os princípios da alimentação adequada e saudável".
É importante reforçar que apenas nutricionistas e médicos podem prescrever ou opinar sobre dietas, pois, legalmente, são os únicos profissionais habilitados para fazer este acompanhamento.
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