Santa Casa promove ação e orientação sobre uso do equipamento
Portador de marca-passo tem restrição para uso de telefones celulares? Pode utilizar forno micro-ondas, ser submetido a portas com detectores de metais? E o esforço físico?
Pacientes e familiares tiveram a oportunidade de tirar estas e outras dúvidas na manhã desta terça-feira (23), durante uma ação promovida na Santa Casa de Marília pelo serviço de cirurgia cardíaca.
A instituição escolheu uma proposta educativa para marcar o Dia Nacional do Portador de Marca-Passo. O hospital é referência em cardiologia para mais de 60 municípios. As dúvidas e os mitos sobre o uso do aparelho ainda atrapalham a vida de muita gente.
O aposentado Benedito Ribeiro, de 72 anos, violeiro de Oscar Bressane (35 km de Marília), não consegue ficar longe do instrumento musical. Mas ficou preocupado depois que um amigo disse que poderia sofrer eventual interferência, pela vibração das cordas da viola.
O idoso, que utiliza o aparelho há apenas um ano, saiu do ambulatório mais tranquilo após saber que poderá continuar tocando suas "
modas".
Ele se conscientizou também que só poderá dirigir veículos pesados (caminhão ou trator, por exemplo) após passar novamente pelo médico.
O aparelho funciona como um regulador dos batimentos cardíacos, indicado para casos de arritmia.
Os modelos mais antigos estavam sujeitos, facilmente, a interferências provocadas por campos eletromagnéticos. Os atuais, em algumas situações, ainda podem sofrer mal funcionamento devido a exposição, porém a tecnologia avançou e as interferências são cada vez menores.
O cirurgião cardíaco
Rubens Tofano de Barros explica que há muitos excessos.
“O adequado é que a pessoa ligue o forno e se afaste pelo menos um metro. Fazendo isso, não haverá problema. Em relação ao telefone celular, o mais indicado é que seja mantido a pelo menos 15 centímetros de distância do marca-passo”, explica.
Até em relação às portas giratórias, com detectores de metal, a tecnologia avançou. “Alguns bancos já são dotados de tecnologia que não interfere no marca-passo. Mas, na dúvida, é sempre bom pedir orientação”, explica o cirurgião cardíaco.
Durante a campanha, o médico conversou com um grupo de usuários que faz acompanhamento no ambulatório e distribuiu material preparado pelo Deca (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial), da SBCCV (Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular).